Mercados

Bitcoin pode valer US$ 11 mil em 2018, prevê analista

Analista subiu o preço-alvo para a moeda digital em 2018 de US$ 7.500 para US$ 11.000

Bitcoin: moeda digital acumula valorização de 600% no ano (Benoit Tessier/Reuters)

Bitcoin: moeda digital acumula valorização de 600% no ano (Benoit Tessier/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 17h02.

Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 17h05.

São Paulo - Nem mesmo os analistas mais otimistas conseguem acompanhar a valorização da bitcoin. Ronnie Moas, da Standpoint Research, já dizia que o mercado de bitcoin um dia chegará a US$ 8 trilhões, como o do ouro. Agora, ele subiu o preço-alvo para a moeda digital em 2018 de US$7.500 para US$ 11.000.

“Todos os dias saem mais notícias” sobre o assunto, escreveu Moas em email a clientes. “Mais países estão adotando e os poucos obstáculos existentes estão tombando como dominós.”

O valor da bitcoin bateu recorde em todos os dias da semana passada e superou a marca de US$ 7.000 pela primeira vez na quinta-feira, após a CME Group anunciar planos de oferecer contratos futuros de bitcoin até o fim do ano.

O valor de mercado da moeda digital saiu de menos de US$ 20 bilhões no começo do ano para mais de US$ 120 bilhões, enquanto a cotação avançou mais de 600%. Desta forma, fica mais difícil divulgar estimativas que acompanhem o movimento.

O interesse crescente em moedas digitais e na tecnologia subjacente (blockchain) está por trás dos ganhos do primeiro e maior instrumento financeiro digital. Existem mais de 100 fundos de hedge focados em moedas digitais e as startups agora levantam mais dinheiro por meio de ofertas iniciais de moedas (initial coin offerings ou ICOs) do que com injeções de venture capital.

No mundo todo, autoridades reguladoras se perguntam como lidar com o segmento, enquanto surgem empreendimentos dedicados a investidores institucionais intrigados com esses ganhos.

Para Moas, o preço da bitcoin continuará subindo. Ele prevê que até 5 por cento da população global terá aplicações nesse ativo em 5 a 10 anos, comparado a uma parcela inferior a 0,5 por cento atualmente. O total de moedas em circulação será limitado a 21 milhões por causa do código de programação original. “Eu nunca vi um desequilíbrio tão grande entre oferta e demanda na minha vida”, ele ressalta.

Por outro lado, bancos e analistas avisam que a valorização significa que há uma bolha prestes a estourar. O último a soar o alerta foi o vice-presidente do Société Générale, Severin Cabannes, que declarou que “a bitcoin é hoje, a meu ver, muito claramente uma bolha”.

O presidente do Credit Suisse, Tidjane Thiam, fez uma afirmação bastante parecida, enquanto o comandante do JPMorganChase, Jamie Dimon, disse que a moeda não passa de uma "fraude".Moas discorda.

“O que esperar deles?”, questionou Moas. Eles têm “investimentos pesados nos bancos americanos listados em bolsa que estão ameaçados pelas moedas digitais. A bitcoin não é um golpe e não é uma bolha. É mais fácil encontrar golpes e bolhas no mercado acionário americano.”

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasMoedas

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney