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BC libera 100% de capital estrangeiro na XP e abre caminho para IPO em NY

Corretora já deu entrada com pedido de abertura de capital nos EUA e pretende ser listada na Nasdaq

IPO: Cabe ao BC avaliar e aprovar capital estrangeiro em instituições financeiras brasileiras (Getty/Getty Images)

IPO: Cabe ao BC avaliar e aprovar capital estrangeiro em instituições financeiras brasileiras (Getty/Getty Images)

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Juliana Elias

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 12h13.

São Paulo - O Banco Central autorizou a participação de até 100% de capital estrangeiro na corretora XP Investimentos. O aviso foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (20).

Na prática, a aprovação viabiliza o plano ja em andamento da XP de fazer sua abertura de capital na Nasdaq, em Nova York. Na semana passada, a XP Inc, controladora do grupo, entrou com registro para o IPO (oferta incial de ações, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, de acordo com documentos enviados pela companhia à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado norte-americano.

A empresa informou que pretende ter suas ações Classe A listadas na Nasdaq sob o código “XP” e que o Goldman Sachs, o J.P. Morgan, o Morgan Stanley, o Itaú BBA e o Citigroup estão entre os subscritores do IPO.

A XP disse ainda, no documento enviado à SEC, que a ação Classe A dará direito a um voto por ação, enquanto a ação Classe B, que não estará à venda no IPO, dará direito a 10 votos por ação.

Em seu comunicado de poucas linhas no Diário Oficial, o BC infornou reconhecer "como de interesse do governo brasileiro, nos termos do Decreto nº 10.029, de 2019, da participação estrangeira de até 100%, de forma direta ou indireta, no capital da XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. e do Banco XP S.A.".

O decreto mencionado, em vigor desde outubro, concentrou no BC a responsabilidade de avaliar e permitir o investimento de estrangeiros no sistema financeiro brasileiro, um processo feito antes em conjunto entre BC, Casa Civil e Presidência da República. A intenção, de acordo com o governo, é dar mais agilidade ao fluxo de investimentos no setor.

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