O dólar terminou a segunda-feira em queda ante o real pela quarta sessão seguida (AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2012 às 06h12.
São Paulo – O governo brasileiro deveria atuar apenas para que o ajuste do real em relação a dólar aconteça de uma forma ordenada e não fixar faixas para a atuação do Banco Central no mercado de câmbio, analisa o estrategista sênior de moedas do Scotia Bank, Eduardo Suarez.
“Em um momento de maior risco, onde as moedas regionais estão perdendo um terreno substancial, acreditamos que o objetivo do Banco Central seria manter a ordem do ajuste, ao invés de defender os níveis específicos”, explica Suarez em um relatório.
O dólar terminou a segunda-feira em queda ante o real pela quarta sessão seguida em um dia de baixa liquidez por conta de um feriado nos Estados Unidos. Na semana passada, o BC só não atuou em uma sessão. Em todos outros dias, a autoridade monetária realizou leilões de swap cambial tradicional, que equivalem a compra de dólares no mercado futuro.
Segundo Suarez, após uma análise dos padrões das intervenções, o cenário base é de que o governo tenta manter o câmbio na banda entre 1,90 real e 2,10 reais, com as intervenções realizadas a 1,95 real e 2,05 reais e maiores próximas dos limites do intervalo.