Banco BVA: Lodo recebeu pena máxima do Banco Central e outros 11 ex-executivos também foram banidos (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2014 às 15h32.
São Paulo – Acusado de desviar 157 milhões de reais do banco BVA, o ex-presidente da instituição, Ivo Lodo, foi banido por 20 anos do mercado financeiro, pena máxima aplicada pelo Banco Central.
A informação é do jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso à decisão.
Segundo o jornal, o BC concluiu que Lodo e outros 11 ex-administradores do banco desviaram 195,4 milhões de reais do BVA de 2009 a 2011, e cerca de metade desse valor foi desviado por meio de depósitos feitos na conta de Lodo.
Os executivos foram proibidos de ocupar cargos de direção ou gerência no mercado financeiro por prazos de 10 a 20 anos, diz a Folha. Ainda segundo a publicação, o ex-controlador do BVA, José Augusto Ferreira dos Santos, também foi banido, por 15 anos.
De acordo com o jornal, o Banco Central, o Ministério Público Federal, Ivo Lodo e Ferreira dos Santos foram procurados, mas não quiseram comentar a decisão.
Já o ex-diretor Luis Pascoal chegou a atender seu celular dois dias atrás, mas não quis responder às perguntas, porque estava em reunião, mas não retornou até o fechamento da edição, diz a Folha.
Ainda segundo o jornal, a decisão já foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), que investiga o caso na esfera criminal.
Todos os executivos punidos ainda podem recorrer da decisão no chamado Conselhinho, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
O BVA está em processo de liquidação desde junho do ano passado, por falta de recursos para honrar seus compromissos.
Os controladores, no entanto, ainda buscam um acordo com os credores para tentar salvar a instituição. De qualquer forma, isso não os livra das punições.
A punição de Lodo e dos outros 11 executivos encerra o primeiro dos dois processos administrativos abertos pelo BC contra o BVA. O banco também foi multado em 200 mil reais.
O segundo processo administrativo aberto contra a instituição investiga suposta contratação de consultorias “fantasmas” e gestão fraudulenta.
Matéria atualizada às 14h40.