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Barril de petróleo pode chegar a US$ 10, prevê Gary Shilling

O principal motivo para a desvalorização do preço do petróleo é que a oferta continua aumentando enquanto a demanda está cada vez menor


	A oferta pelo barril de petróleo continua em alta
 (Getty Images)

A oferta pelo barril de petróleo continua em alta (Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 13h09.

São Paulo - Atualmente, o preço do petróleo brent é de cerca de 60 dólares, praticamente a metade do valor registrado em junho do ano passado. E se depender das projeções de Gary Shilling, presidente da consultoria Shilling & Co, a queda está longe de acabar.

Em sua coluna na Bloomberg, Shilling afirma que o preço do barril pode chegar entre 20 e 10 dólares. O principal motivo para a desvalorização é o aumento contínuo da oferta, enquanto a demanda está cada vez menor.

Shilling lembra que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevê uma redução de 28,2 milhões de barris por dia este ano. Em 2017, a queda deve ser maior ainda, de 600 mil barris.

"Apesar da produção do petróleo nos Estados Unidos ter aumentado em 15% no ano passado, as importações recuaram 4%. A situação pode se agravar ainda mais com o baixo crescimento da China, do Japão e dos países da zona do Euro", alerta Shilling.

Ele explica que o preço do petróleo também é influenciado pela difícil situação em que se encontram Rússia e Venezuela, considerados grandes produtores mundiais. Estes países precisam do financiamento da receita das exportações. Ou seja, quanto menor o preço do barril, mais petróleo eles precisam produzir e exportar para ganhar a mesma quantidade de dólares.

Situação atual

O petróleo Brent caiu abaixo de 62 dólares por barril nesta quarta-feira, sem conseguir manter os ganhos de mais de 1% da sessão anterior, com analistas dizendo que a alta recente foi exagerada. "A falta de continuidade na alta é uma preocupação e há muitas razões para ser neutro aqui e observar cuidadosamente", disse à Reuters o diretor da PVM Oil Associates, Robin Bieber.

Os preços já subiram mais de 35% desde que atingiram a mínima de quase seis anos, a 45,19 dólares por barril em janeiro, em uma recuperação estimulada por menores gastos das petroleiras e uma queda no número de sondas de perfuração em atividade nos Estados Unidos.

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