O Groupon enfrenta desaceleração dos negócios, forçando a empresa a depender mais de atividades com menores margens de lucro (Scott Olson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2012 às 10h44.
A Barclays Capital reduziu sua recomendação sobre as ações do site de compras coletivas Groupon para abaixo da média do mercado e cortou o preço-alvo para o papel em um momento em que a empresa enfrenta desaceleração dos negócios, forçando a empresa a depender mais de atividades com menores margens de lucro.
As ações da companhia tinham expectativa de abrirem em queda de 2 por cento na Nasdaq, nesta terça-feira.
A empresa está promovendo mudanças na administração, mas investidores têm mostrado ceticismo sobre a capacidade do presidente-executivo Andrew Mason em recuperar os negócios.
"A venda de produtos ou 'Groupon Goods' ('produtos Groupon'), que praticamente não existia há dois trimestres e representou uma porção imaterial das vendas do primeiro trimestre, representou a ampla maioria do crescimento de faturamento no segundo trimestre", disse o analista Mark May, do Barclays.
Uma continuação desta tendência pode afetar o perfil de margem de lucro do Groupon, acrescentou o analista.
O Groupon frequentemente assume risco de estoque nos negócios com produtos, que foram lançados no terceiro trimestre de 2011, já que a empresa compra produtos em grande quantidade com desconto e os revende a clientes. Entretanto, o negócio "Groupon Goods" pode não ser tão lucrativo quando a atividade original da empresa de oferta de compras coletivas de serviços.
O analista do Barclays comentou que a desaceleração no crescimento dos clientes pode aumentar os custos de marketing do Groupon e cortou o preço-alvo para ação da empresa de 15 para 4 dólares.
A ação do Groupon encerrou a segunda-feira cotada a 4,65 dólares, acumulando uma queda de cerca de 40 por cento desde que anunciou resultados de segundo trimestre abaixo do esperado, na semana passada.