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Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2010 às 16h51.
Nova York - Cerca de 80% dos investidores europeus afetados pela fraude do americano Bernard Madoff já conseguiram recuperar seus investimentos, com acordos extrajudiciais alcançados com seus bancos com o objetivo de obter de volta um total de US$ 15,5 bilhões perdidos no caso.
"Na Europa, os bancos optaram majoritariamente pela compensação, de uma maneira muito discreta e personalizada, para manter sua reputação e conservar a confiança de seus clientes", assegurou hoje o letrado espanhol Javier Cremades, presidente da aliança global de escritórios de advocacia do caso Madoff.
Cremades deu uma entrevista coletiva hoje em Nova York para detalhar os resultados de um estudo realizado entre os 60 escritórios de advocacia da aliança.
Segundo os cálculos, a fraude de Madoff, condenado a 150 anos de prisão, chega ao valor de US$ 65 bilhões.
"É um número superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de 105 dos 192 países que fazem parte das Nações Unidas. A fraude afetou mais de três milhões de investidores de todo o mundo. Trata-se, portanto, da maior fraude de todos os tempos", disse o espanhol.
Calcula-se que haja cerca de 900 mil afetados pela fraude na Europa, onde muitos bancos comerciais ofereceram a seus clientes a possibilidade de investir em instrumentos financeiros que, por sua vez, confiavam na gestão de fundos da empresa de Madoff.
A aliança de escritórios de advocacia do caso Madoff calcula que cerca de 80% deles (720 mil) já alcançaram acordos extrajudiciais com os bancos.
A maior porcentagem dos acordos foi alcançada pelo Santander, que compensou 98% de seus clientes afetados.