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Bancos e blue chips pressionam e Bovespa fecha em queda

Índice da bolsa de São Paulo recuou 1,02 por cento, a 52.263 pontos


	Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais nesta segunda
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais nesta segunda (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 17h10.

São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu 1 por cento nesta segunda-feira, ignorando o ânimo dos mercados externos, pressionado pelo setor financeiro e com investidores cautelosos antes de uma semana agitada no cenário nacional.

O Ibovespa recuou 1,02 por cento, a 52.263 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais.

Apesar do acordo preliminar alcançado no fim de semana para limitar o programa nuclear do Irã ter impulsionado as bolsas europeias e norte-americanas, a Bovespa passou ao largo desse movimento e operou no azul apenas durante parte da manhã.

"Não estamos seguindo os ganhos dos mercados externos porque as coisas aqui estão bastante complicadas, com um cenário de deterioração fiscal e maiores taxas de juros", disse o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira. O Ibovespa está a caminho de interromper uma série de quatro altas mensais em novembro, depois de a divulgação do déficit primário do setor público brasileiro de setembro ter criado desconforto no mercado.

Na sexta-feira, serão divulgados os dados fiscais referentes a outubro. Além disso, praticamente todas as apostas do mercado apontam para uma elevação da taxa básica do juro em 0,5 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira, fazendo a Selic voltar ao patamar de dois dígitos depois de quase dois anos.

Nesta sessão, além da queda dos papéis de pesos-pesados como Vale e Petrobras, as ações de bancos apareceram entre as maiores pressões negativas sobre o Ibovespa, com destaque para Banco do Brasil e Itaú Unibanco . O índice financeiro da bolsa recuou 1,14 por cento.

Nesta semana, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começará a julgar a correção de perdas das cadernetas de poupança em diversos planos econômicos do passado. Uma decisão favorável a poupadores poderá trazer impacto sistêmico aos bancos, afirmou à Reuters uma importante fonte da equipe econômica ligada ao assunto. "Temos uma semana com discussões importantes: o julgamento do STF e as reuniões do Copom e do conselho da Petrobras sobre a questão do aumento do preço do combustível (na sexta-feira).

Tudo isso se junta a um stress do mercado que não está esquecido e acaba atrapalhando a bolsa", afirmou o sócio-diretor da Easynvest Título Corretora Marcio Cardoso.

Na ponta positiva do Ibovespa, Gol registrou a maior alta, depois de divulgar mais cedo seus dados operacionais de outubro. A companhia anunciou alta de 14 por cento no indicador que mede preços de passagens (yield) sobre o mesmo mês do ano passado, e a taxa de ocupação das aeronaves terminou outubro em 73,7 por cento, maior nível registrado em 2013.

Além disso, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou a analistas e investidores nesta segunda-feira que a empresa poderá voltar a cortar oferta de voos domésticos em 2014, dependendo da performance da economia.

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