Santander: alta de 7,92% nos papéis da instituição financeira contagiava os papéis de outros bancos, como os do Banco do Brasil e do Itaú Unibanco (David Ramos/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2013 às 08h31.
São Paulo - O principal índice da Bovespa operava quase estável no fim da manhã desta sexta-feira, com o expressivo avanço das units do Santander Brasil ajudando a levantar o setor financeiro como um todo, o que compensava o tombo da petroleira OGX.
Às 11h05, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,06 por cento, a 53.816 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,06 bilhão de reais.
O setor financeiro era o principal destaque da bolsa nesta manhã, depois de o Santander ter anunciado na véspera mudanças para otimizar sua estrutura de capital que permitirão remunerar os acionistas em 6 bilhões de reais. "Com estas medidas, o retorno sobre o patrimônio líquido do Santander Brasil melhora aproximadamente 40 pontos base. A proposta faz sentido na medida em que ele está trocando capital por instrumentos de capital com custo menor", afirmou a Planner, em relatório.
A alta de 7,92 por cento nos papéis da instituição financeira contagiava os papéis de outros bancos, como os do Banco do Brasil e do Itaú Unibanco.
Na outra ponta, a ação da petroleira OGX era a principal pressão negativa sobre o Ibovespa, na inércia do tombo de 16,22 por cento sofrido na véspera. "Isso (a queda) está ocorrendo em meio às especulações sobre a possibilidade de um default e de que a empresa saia do Ibovespa", afirmou o operador Carlos Nielebock, da Icap Corretora. "O mercado especula que isso possa ocorrer logo no início de outubro, se ocorrer o default e a empresa decretar recuperação judicial", completou.
O mercado previa mais um dia pesado para a bolsa brasileira, em meio à queda das bolsas norte-americanas e das europeias neste pregão.
No cenário externo, continuava pesando a apreensão com as negociações sobre o orçamento e o teto da dívida dos Estados Unidos, diante do temor de que uma paralisação do governo e um default possam ameaçar a recuperação econômica do país. Nesta sexta-feira, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, afirmou haver uma "chance decente" de que o banco central dos EUA comece a reduzir seu estímulo monetário neste ano, mas há riscos que podem adiar esse processo para o próximo ano.