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Banco podre da Espanha recebe 37 bi euros de ativos tóxicos

A maior fatia de ativos tóxicos transferidos à empresa de gerenciamento de ativos, conhecida como Sareb, vem do Bankia, que foi resgatado pelo Estado em maio

Manifestantes protestam em frente da Alta Corte da Espanha enquanto esperam a chegada de Rodrigo Rato, ex-CEO do banco espanhol resgatado Bankia (REUTERS/Paul Hanna)

Manifestantes protestam em frente da Alta Corte da Espanha enquanto esperam a chegada de Rodrigo Rato, ex-CEO do banco espanhol resgatado Bankia (REUTERS/Paul Hanna)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 14h50.

MADRI - O chamado "banco podre" da Espanha recebeu 37 bilhões de euros de ativos tóxicos de quatro bancos nacionalizados, dando início a uma importante parte do esforço do país para limpar seu setor financeiro.

Os empréstimos imobiliários e propriedades são os primeiros ativos a serem transferidos para o "banco podre", que foi organizado pelo governo em uma tentativa de lidar com os efeitos do estouro de uma bolha do mercado imobiliário e restaurar a confiança nos bancos do país.

A maior fatia de ativos tóxicos transferidos à empresa de gerenciamento de ativos, conhecida como Sareb, vem do Bankia, que foi resgatado pelo Estado em maio, no maior resgate bancário da história da Espanha.

O Bankia transferiu 22,32 bilhões de euros em ativos, enquanto o Catalunya Banc transferiu 6,71 bilhões de euros, o NCG Banco-Banco Gallego repassou 5,71 bilhões de euros e o Banco de Valencia transferiu 1,96 bilhão de euros, disse o Sareb nesta segunda-feira.

O Sareb informou que agora vai começar a gerenciar os ativos com a visão de "realizar a venda (deles)...buscando o máximo retorno para seus acionistas." O governo teve dificuldades mas conseguiu garantir investimento privado para fazer o "banco podre" funcionar, com a maior parte do capital vindo dos principais credores do país, com exceção do BBVA.

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