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Banco do Brasil vende US$ 500 mi em títulos de 5 anos

O BB é o primeiro banco brasileiro a emitir títulos sob esse formato, que também deve garantir um melhor desempenho dos papéis no mercado secundário

Agência do BB no Rio: juros às famílias fechou em 40,4% ao ano no mês de outubro (Fernando Lemos/VEJA Rio)

Agência do BB no Rio: juros às famílias fechou em 40,4% ao ano no mês de outubro (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 21h07.

São Paulo - O Banco do Brasil vendeu US$ 500 milhões em títulos de cinco anos oferecendo aos investidores uma taxa de retorno (yield) de 4,0%, a menor taxa paga pelo banco em uma emissão, segundo Ivan de Souza Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira, Mercado de Capitais e Relação com Investidores da instituição.

Os papéis, que carregam cupom de 3,875% e spread de 312,3 pontos-base sobre os Treasuries, foram colocados com um yield inferior à referência de 4,125% que havia sido estabelecida mais cedo. "Na nossa última emissão de cinco anos, em abril de 2010, o yield ficou na faixa de 4,7%. "Isso mostra que as pessoas estão conseguindo distinguir o que é o Banco do Brasil e o que está acontecendo lá fora", disse Monteiro durante uma teleconferência, acrescentando que os bônus foram vendidos com um prêmio ajustado pelo prazo de 32 pontos-base.

A emissão do Banco do Brasil foi feita por uma via diferente da tradicionalmente utilizada pela instituição. O banco decidiu aproveitar sua presença nos Estados Unidos para acessar um universo maior de investidores utilizando a chamada regra 3 (a) (2), que prevê a distribuição dos bônus também a investidores não qualificados. Normalmente, as captações externas que atendem a legislação norte-americana são feitas por meio da Regra 144A, que estabelece a distribuição dos papéis a investidores qualificados.

Segundo Monteiro, a mudança teve como objetivo diversificar a base de investidores e, dessa forma, facilitar o retorno do banco ao mercado. Ele acrescentou que o BB é o primeiro banco brasileiro a emitir títulos sob esse formato, que também deve garantir um melhor desempenho dos papéis no mercado secundário.

Monteiro disse que os recursos levantados com a operação serão destinados ao financiamento de exportações e do capital de giro das empresas brasileiras que possuem operações no exterior. "Como a gente utiliza esse recurso para funding, quanto mais competitivos formos no passivo, mais competitivos seremos no ativo", acrescentou. A emissão do BB recebeu nota Baa1 da Moody's e foi coordenada pelos bancos BB Securities, Bradesco BBI, Citigroup, HSBC e JPMorgan.

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