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Banco corta estimativa para ações de B2W e Lojas Americanas

Segundo o Santander, a fragilidade prevalece no setor e é mais provável que uma recuperação aconteça somente no fim deste ano


	Lojas Americanas: banco vê cenário desafiador para varejo até o fim do ano
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Lojas Americanas: banco vê cenário desafiador para varejo até o fim do ano (.)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 18 de maio de 2016 às 11h38.

São Paulo - O Santander cortou na terça-feira (17) estimativa de preço para as ações da B2W (BTOW3) e da Lojas Americanas (LAME4) ao final de 2016, citando que a "fragilidade prevalece" no setor e que só enxerga uma recuperação no último trimestre do ano. 

O preço-alvo para a B2W foi rebaixado de R$ 13 para R$ 10,50, o que representa um potencial de valorização de 1,55% sobre o fechamento de ontem. Já o preço-alvo para a Lojas Americanas caiu de R$ 17,50 para R$ 17, com potencial de valorização de 5,85%.

Apesar de ter diminuído a estimativa de preço para os papéis da Lojas Americanas, o banco elevou a recomendação para eles de manutenção para compra, levando em consideração a queda dos papéis em torno de 8% em 30 dias até 16 de maio. 

Para a B2W, a recomendação do Santander se manteve em underperform ---desempenho abaixo da média do mercado. A revisão do preço-alvo para a companhia ocorre logo após o anúncio de um aumento de capital de R$ 823 milhões.

Segundo os analistas João Mamede e Jéssica Bessa, a operação deve gerar uma diluição de 24% para os atuais acionistas da B2W. Eles esperam que o aumento de capital da empresa seja aprovado até 31 de maio.

"Nós sabemos que a B2W tem uma estratégia clara de se tornar a plataforma e-commerce mais reconhecida no Brasil, mas o cenário para o curto e o médio prazos permanece sombrio", disseram em relatório publicado ontem.

Para os analistas, o comércio digital no país tem sido negativamente afetado não somente pela fraqueza da economia, mas também por uma estratégia mais agressiva de preços dos competidores, o que tem derrubado a lucratividade das empresas no setor.

"A B2W não é uma exceção e deve continuar queimando caixa e aumentando sua alavancagem em vez de crescer com seu negócio", afirmaram Mamede e Jéssica. 

Sobre a Lojas Americanas, a equipe de análise do Santander destacou que a fraca performance operacional da B2W, que é responsável pelo site americanas.com, entre outros, elevou as preocupações quanto ao desempenho da companhia. 

"Nós estimamos que o atual preço das ações da Lojas Americanas já está considerando uma destruição futura de valor (em torno de R$ 1 bilhão) no negócio online da empresa", afirmaram os analistas.  

"Nós também gostamos da ação ordinária [da Lojas Americanas, LAME3] por seu desconto de 30% em relação às preferenciais", completaram.

Fraqueza do varejo

Mamede e Jéssica acreditam que a fragilidade ainda deve prevalecer no setor de varejo, mas há espaço para uma retomada no fim deste ano.

"Enquanto isso, continuaremos observando desempenho de vendas inexpressivo (similar aos níveis deprimidos atuais) em diferentes regiões e categorias de varejo antes de uma retomada notória", disseram.

As vendas de abril ajustadas pelo efeito do calendário cresceram 2,9% sobre o mesmo mês de 2015 em termos nominais e caíram 6,1% na mesma base de comparação em termos reais, segundo o banco.

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