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Balanços garantem fechamento em alta de bolsas da Europa

Colaboração das milícias pró-Rússia com investigações do voo MH17 levaram a um aumento do apetite por ativos mais arriscados


	Rússia: sanções da UE contra o país inflaram sentimento de alívio entre investidores
 (Bloomberg)

Rússia: sanções da UE contra o país inflaram sentimento de alívio entre investidores (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 15h57.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 23, sustentadas por bons resultados da temporada de balanços e pela expectativa de que a crise no Leste Europeu poderá ser solucionada por meios diplomáticos.

O índice Stoxx 600 subiu 0,12% e terminou a 342,86 pontos.

Com a colaboração das milícias pró-Rússia com as investigações sobre a tragédia do voo MH17 e a reação considerada comedida das autoridades ocidentais, o apetite por ativos mais arriscados aumentou.

O sentimento de alívio veio principalmente depois que a União Europeia decidiu, na terça-feira, 22, reforçar as sanções contra a Rússia ampliando a lista com pessoas e organizações que sofrerão restrições. Investidores temiam uma resposta mais forte, como limitações ao setor de energia russo.

Por ora, as sanções não devem causar impacto na economia mais ampla. Contudo, durante a manhã, a queda de dois aviões de guerra da Ucrânia relembrou os mercados de que os confrontos persistem na região.

Investidores preferiram focar nos balanços positivos divulgados entre ontem e hoje. Resultados avaliados como positivos de empresas como PepsiCo, Dow Chemical, Boeing e Apple contrabalançaram a o índice de confiança do consumidor mais fraco do que o previsto na zona do euro. O indicador caiu pelo segundo mês consecutivo em julho.

Na Bolsa de Paris, o CAC se valorizou 0,16%, a 4.376,32 pontos. A Publicis subiu 3,37%, se recuperando de uma onda de vendas após resultados decepcionantes no segundo trimestre. Comentários de analistas nesta quarta-feira sinalizaram uma perspectiva melhor para a companhia no segundo semestre.

A Havas, concorrente da Publicis, fechou em alta de 3,46%, após um analista ter elevado a recomendação para o papel da companhia. A L'Air Liquide caiu 0,90% depois que a concorrente norte-americana Praxair obteve lucro no teto das previsões.

O FTSE, de Londres, encerrou com ganhos de 0,04%, a 6.798,15 pontos. O mercado digeriu a mais recente ata de política monetária que mostra um tom menos "hawkish" do que o esperado por parte dos analistas.

Ou seja, o aumento do juro ainda não parece um tema urgente para o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O grupo de terceirização Capita terminou com alta de 4,76%, impulsionado por um aumento de 11% da receita orgânica no primeiro semestre. A Investec também elevou a sua recomendação para o papel.

Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,20% e encerrou a 9.753,56 pontos. O Deutsche Bank caiu 0,66% depois de o Federal Reserve ter afirmado que o relatório financeiro sobre as operações do banco nos Estados Unidos tinha problemas.

Em Madri, o índice Ibex 35 terminou com ganhos de 0,10%, a 10.659,10 pontos. O PSI 20, da Bolsa de Lisboa, ganhou 1,65%, a 6.377,43 pontos.

Na Bolsa de Milão, o FTSE Mib terminou com perdas de 0,20%, a 20.831,26 pontos. A STMichroelectronics caiu 5,94%, depois de publicar resultados, com analistas assinalando que a perspectiva apresentada pela empresa para o terceiro trimestre estava um pouco abaixo da expectativa. A Buzzi Unicem avançou 3,09%, após a Equita Sim ter elevado para compra a sua recomendação para a ação.

Com informações da Dow Jones Newswires

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