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Balanço da Nvidia, novo CEO da Ambev, Caged e sucessão da presidência do BC: o que move o mercado

Todos os holofotes do mercado se direcionam para os resultados da gigante de semicondutores. As expectativas apontam para um crescimento de 111% de receita na comparação anual

Radar: atenções se direcionam para balanço de Nvidia (I-HWA CHENG/Getty Images)

Radar: atenções se direcionam para balanço de Nvidia (I-HWA CHENG/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 08h44.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta quarta-feira, 28. À espera do balanço da Nvidia (NVDC34), as bolsas da Europa operam sem direção definida. Investidores, no geral, evitam se posicionar antes dos números. Além disso, o mercado europeu também está à espera do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha que será divulgado nesta quinta-feira, 29, e o da zona do euro, na sexta-feira, 30.

Também à espera de Nvidia, os índices futuros dos Estados Unidos operam bem próximo à realidade. No ano, cerca de um quarto do ganho de 18% do S&P 500 veio da alta de 159% da Nvidia no acumulado do ano. A cautela global para os números da gigante de semicondutores também limitou os ganhos na Ásia, com as bolsas fechando mistas – também em meio a balanços e notícias corporativas locais que geraram um quadro incerto na região.

Balanço da Nvidia

Todos os holofotes hoje se direcionam para o balanço de Nvidia, que será divulgado após o fechamento da sessão. Isso porque a empresa se tornou referência para medir o termômetro do mercado de inteligência artificial. E as expectativas estão altas: o mercado aguarda um crescimento de três dígitos na receita em termos de porcentagem.

Segundo o consenso de analistas consultados pela LSEG, a desenvolvedora de chips deverá apresentar um faturamento de US$ 28,6 bilhões no período. Se confirmada, essa receita representará um crescimento de 111% na comparação anual. A projeção está alinhada ao guidance da Nvidia, que estima algo próximo de US$ 28 bilhões em vendas no trimestre.

Novo CEO da Ambev

Após cinco anos com Jean Jereissati à frente da companhia, Carlos Lisboa entrará para comandar a Ambev (ABEV3). Nascido em Pernambuco, Lisboa tem 30 anos de companhia e mais recentemente comandava justamente a divisão para a qual Jereissati está indo – o comando da AB InBev na América Central, segmento que inclui o México, Peru, Colômbia, Equador e Panamá (Middle America) e responde pelo maior volume de todo o grupo.

A mudança passa a valer em janeiro do próximo ano e vem em um momento em que a companhia passa a concentrar seus esforços de marketing em quatro marcas para proteger sua liderança de mercado — Corona, Spaten, Budweiser e Brahma —, em meio a um cenário de disputa mais acirrada com a Heineken e com o Grupo Petrópolis, que tem sido mais agressivo em preços nos rótulos mais populares.

Caged

De olho na agenda dos indicadores, o Ministério do Trabalho divulga hoje o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho. No mês anterior, os números mostraram que a economia brasileira criou 201.705 postos de trabalho com carteira assinada em junho de 2024, alta de 29,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em junho de 2023 foram criadas 157.198 vagas. O resultado foi impulsionado pelo setor de serviços.

Novo presidente do BC

O mercado também deve repercutir a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira, 27, sobre a sucessão do comando do Banco Central (BC). Durante um painel sobre a economia brasileira na 25ª Conferência Anual do Santander, Haddad disse que o nome do próximo presidente do BC deve ser indicado "em breve" para garantir uma transição tranquila na instituição. "Após uma conversa com Roberto Campos Neto no início deste ano, chegamos ao entendimento de que entre agosto e setembro seria um bom período para a indicação.”

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