Radar: dia é marcado pelo balanço da Alphabet, dona do Google ((Photo by Josh Edelson / AFP))
Repórter de finanças
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 08h55.
Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 09h03.
Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta terça-feira, 29. Enquanto os índices futuros dos Estados Unidos caem com o mercado à espera de dados econômicos importantes na semana e de mais balanços das big techs. Na Europa, as bolsas avançam impulsionadas pelo setor bancário, após o banco britânico HSCB superar as expectativas no balanço do terceiro trimestre. Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única.
De olho na temporada de balanços, hoje é a vez da Alphabet (NASDAQ: GOOG) reportar seus números após o fechamento da sessão. As atenções dos investidores se voltam para os números sobre inteligência artificial (IA), segmento este que recebeu alto volume de investimentos nos últimos meses.
Entretanto, alguns analistas do mercado esperam uma desaceleração na receita devido a uma maior competitividade na parte de anúncios digitais, que pode ofuscar resultados positivos de IA.
No Brasil, o destaque é para o início à temporada dos balanços bancários, com o Santander (SANB11) divulgando seus números pela manhã. O banco reportou um avanço de 34,3% no lucro líquido gerencial recorrente, que alcançou R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre. Na comparação trimestral, o lucro do banco avançou 10%.
O resultado ficou levemente acima do esperado pelo consenso Bloomberg, que estimava um lucro líquido de R$ 3,5 bilhões para o período.
Já o retorno sobre patrimônio líquido (ROE), que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, subiu para 17% no terceiro trimestre – ganho de 3,9 pontos percentuais (p.p.) em base anual. Frente ao trimestre passado, o ROE avançou 1,5 p.p..
O mercado também repercute o relatório de produção da Petrobras (PETR4) divulgado ontem após fechamento da sessão, que mostrou uma queda na produção diária de barris de óleo equivalente (boed).
A petroleira alcançou uma produção diária de 2,689 milhões de boed no terceiro trimestre, o que representa uma leve queda de 0,37% em comparação ao trimestre anterior (2,699 milhões boed) e um recuo de 6,5% em comparação ao terceiro trimestre de 2023 (2,880 milhões boed).
Entre os destaques positivos, a parcela de petróleo proveniente do pré-sal processada nas refinarias atingiu um recorde trimestral de 73%, subindo 4 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2024. Em agosto, a carga de óleos do pré-sal processada nas refinarias chegou a 76%, o maior índice já registrado para um único mês.
A produção de gasolina no terceiro trimestre foi de 438 mil barris diários, também um recorde trimestral e um avanço de 3,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Já o diesel R, com conteúdo renovável, teve vendas em alta por três meses consecutivos, atingindo 3,7 barris por dia (Mbpd) em setembro, o dobro do recorde anterior de abril de 2024.
Por fim, as vendas de GLP (gás de cozinha) tiveram um incremento de 3,2%, impulsionadas pelo aumento na atividade industrial e pelas temperaturas mais baixas nos principais mercados consumidores do país durante o trimestre.
Na ponta negativa, o volume total de vendas de derivados da no mercado interno foi de 1,771 milhões de barris por dia no terceiro trimestre deste ano, um recuo de 2,7% ante o mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, subiu 4,2%.
Na agenda de indicadores, nesta terça-feira será divulgado o relatório Jolts, que mede a abertura de postos de trabalho dos setores não-agrícolas. O documento é considerado uma prévia do payroll, que será divulgado na sexta-feira, 1°, e pode ditar o rumo da próxima decisão do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na semana que vem.
A plataforma FedWatch, do CME Group, apontava pela manhã que 94,9% do mercado aposta em um corte de 0,25 p.p., enquanto 5,1% prevê uma manutenção nos juros.
Terça-feira, 29 de outubro