HSBC reduziu preço-alvo para Lojas Americanas de R$ 18 para R$ 16 em 12 meses (Lia Lubambo)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 06h00.
São Paulo – A equipe de pesquisa do HSBC optou nesta segunda-feira em reduzir o preço-alvo das ações preferenciais da Lojas Americanas (LAME4) após incorporar não apenas os resultados abaixo da expectativa, referentes ao segundo trimestre de 2011, como também o aumento da participação da companhia na B2W, o que representa um “risco inerente” e afeta os múltiplos dos papéis.
Em relatório, os analistas do HSBC, incluindo Francisco Chevez, cortaram o preço-alvo de 18 reais para 16 reais em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 14,94% frente à cotação de 13,92 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação foi mantida em neutra.
De acordo com o HSBC, apesar da avaliação das ações da Lojas Americanas ser atrativa, a ampliação da participação da companhia na B2W, para 58,9% durante o segundo trimestre, gera “implicações negativas para os acionistas da controladora devido à queda de participação de mercado e margens da controlada”, destaca Chevez.
“O risco de possíveis investimentos adicionais na B2W eleva o risco inerente e, portanto, reduz o múltiplo alvo a ser aplicado às ações da Lojas Americanas”, acrescenta o analista.
Em sua análise, o HSBC ainda incorporou os resultados que vieram “abaixo das estimativas” e que foram apresentados pela companhia. A Lojas Americanas reportou um lucro líquido consolidado, que inclui as operações de comércio eletrônico da B2W, de 43,4 milhões de reais entre abril e junho deste ano. O resultado foi 0,5% superior ao do mesmo período do ano passado.
Segundo Chevez, a Lojas Americanas divulgou um balanço “heterogêneo”, comentando apenas o balanço do primeiro semestre, “complicando assim uma análise do segundo trimestre”. A empresa não divulgou o crescimento de vendas mesmas lojas do segundo trimestre, mas informou 9% para o primeiro semestre.
Entre janeiro e março, a companhia divulgou que as vendas mesmas lojas até abril foram de 10%. “Portanto, isso parece implicar vendas mais fracas para maio e junho”, afirma Chevez.
Diante deste cenário, o HSBC diminuiu as projeções de lucros anuais da companhia. “Nossas projeções operacionais não tiveram mudanças expressivas, com uma queda em estimativas de receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de apenas 1,6% em 2011 e 2,5% em 2012.