Mercados

Azul vai esperar mais antes de fazer IPO, diz Neeleman

Segundo fundador, empresa vai fazer o IPO quando o mercado estiver pronto para ele


	Presidente da Azul, David Neeleman: "não preciso fazer um IPO por causa da Copa do Mundo, de fato não precisamos fazer um IPO", afirmou
 (Chris Ware/Bloomberg)

Presidente da Azul, David Neeleman: "não preciso fazer um IPO por causa da Copa do Mundo, de fato não precisamos fazer um IPO", afirmou (Chris Ware/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 17h57.

São Paulo - A Azul Linhas Aéreas Brasileiras não vai correr para fazer sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações e não vai acelerar os planos enquanto os investidores estiverem distraídos durante a Copa do Mundo, afirmou o fundador da empresa, David Neeleman. "Vamos fazer (o IPO) quando o mercado estiver pronto para ele, não há pressa", disse o executivo.

Alguns banqueiros sugeriram que companhias, incluindo a Azul, pudessem tentar antecipar os planos para o mercado de capitais pois os investidores estarão distraídos durante o torneio mundial de futebol. Depois da Copa, o Brasil provavelmente será tomado pelas eleições presidenciais de outubro, quando a atividade nos mercados de capitais tende a diminuir.

"Não preciso fazer um IPO por causa da Copa do Mundo, de fato não precisamos fazer um IPO", afirmou Neeleman.

Os mercados globais se acalmaram um pouco depois das primeiras semanas do ano, quando reagiram à redução do programa de compras de bônus do Federal Reserve, que é destinado a estimular o crescimento da economia dos EUA. Neeleman, no entanto, disse que as condições ainda não melhoraram o suficiente.

A Azul planejava realizar o IPO no ano passado, mas desistiu à medida que as condições do mercado se deterioraram quando o Fed começou a sinalizar a redução dos estímulos monetários. Neeleman afirmou que o IPO é mais destinado a premiar os acionistas existentes do que a levantar capital novo. O IPO seria uma oportunidade para esses acionistas receberem um retorno sobre seus investimentos. "Faz seis anos, então seria bom monetizar nossos investidores", declarou o executivo.

Quando a oferta foi feita no ano passado, o IPO pretendia levantar entre US$ 500 milhões e US$ 700 milhões. Uma pessoa com conhecimento do assunto disse que as novas discussões sobre o tamanho e o formato do acordo ainda não foram iniciadas. Neeleman não comentou sobre o potencial tamanho da oferta. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAzulB3bolsas-de-valorescompanhias-aereasEmpresasIPOsMercado financeiroSetor de transporte

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney