O presidente da Azul, David Neeleman: ele acrescentou que o IPO depende mais do mercado e menos da empresa (Chris Ware/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 13h05.
São Paulo - A Azul ainda aguarda a resposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a apelação ao indeferimento dado pela autarquia ao pedido de registro de companhia aberta e sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A expectativa do presidente, David Neeleman, é de que a resposta saia "em breve".
O executivo financeiro da companhia, John Rodgerson, explicou que não há prazo para que a CVM defina a questão. Segundo ele, foram prestados esclarecimentos sobre a governança e não haverá mudança na estrutura da empresa. "Temos uma boa governança, a maior parte dos nossos conselheiros é independente", disse.
Rodgerson acrescentou que o IPO depende mais do mercado e menos da empresa. "A nossa empresa está pronta, mas precisamos saber se o mercado está pronto", comentou. Segundo ele, a Azul não precisa do capital no momento. "A abertura de capital é o caminho natural, muitas aéreas fazem isso com uma frota de 30 a 40 aeronaves, estamos com 132."
Questionado sobre se a empresa estudava alguma alternativa, caso sua oferta não seja aprovada pela CVM, ele reforçou que a intenção é abrir capital no Brasil. "Mas tem outras oportunidades no mundo", comentou.
A CVM indeferiu, em outubro passado, o pedido de registro de companhia aberta da Azul. A autarquia indicou que a proposta estava em desacordo com a Lei das S/A.
Entre os pontos polêmicos da estrutura de capital proposta pela companhia estava o fato de que seriam emitidas ações preferenciais com valor 75 vezes superior ao das ordinárias.
A empresa tinha inicialmente a intenção de fazer IPO em meados de 2013, mas cancelou o pedido de oferta em meio às oscilações do câmbio e as manifestações populares.