Contenção do dólar: as instituições programaram para a sexta cinco leilões, sendo três no mercado de câmbio e dois de títulos, desautorizando especulações nos dois mercados (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2015 às 10h27.
São Paulo - O dólar confirmou a expectativa de uma abertura em baixa nesta sexta-feira, 25, ainda em reação à ação coordenada deflagrada na quinta-feira pelo Banco Central e Tesouro Nacional.
As instituições programaram para a sexta um total de cinco leilões, sendo três no mercado de câmbio e dois de títulos, desautorizando especulações nos dois mercados.
Há pouco, contudo, reduzia um pouco a queda, em sintonia com o comportamento dos mercados internacionais, que respondem a dados positivos dos Estados Unidos.
O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresceu à taxa anualizada de 3,9% no segundo trimestre, revelou há pouco a terceira leitura. A previsão era menor, de +3,7%.
O núcleo do índice de preços do PCE, por sua vez, avançou 1,9% no mesmo período, na comparação anual. Esses dados dão força às apostas de elevação das taxas dos Fed Funds ainda esse ano.
As chances, aliás, já haviam aumentado após a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, reiterar em discurso na véspera que o início do processo de normalização da política monetária provavelmente será no fim do ano, além de afastar o temor com o desempenho econômico mundial.
No exterior, o dólar bateu máxima em relação ao iene, a 121,25 ienes. O juro da T-note de 2 anos ampliou a alta e, às 9h37, estava em 0,719%.
Internamente, o dólar no balcão, que abriu cotada a R$ 3,9190, com forte queda de 3,14% e chegou a afundar até R$ 3,8850 (-3,98%), também foi à máxima, de R$ 3,9320 (-2,82%).
Às 9h39, era negociado a R$ 3,9430, em baixa, de 2,55%. No mercado futuro, o dólar para outubro chegou a virar para o positivo com os dados dos EUA. No horário mencionado, no entanto, caía 0,19%, a R$ 3,9390. Na abertura, foi negociado a R$ 3,9150, em baixa de 0,80%.
Na quinta-feira, antes de o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vir a público dar os recados de que a Selic deve ser mantida em 14,25% ao ano por período suficientemente prolongado e que todas as ferramentas para lidar com a volatilidade do dólar estão à disposição da instituição, o dólar à vista chegou a máxima de R$ 4,2480.
Em relação aos leilões programados para o dia, no câmbio, o BC deu início há pouco a leilão de até 20 mil contratos de swap (US$ 1 bilhão).
Também faz na sexta um leilão de linha de até US$ 1 bilhão às 10h20, além do habitual leilão de rolagem de contratos de swap com vencimento em 01/10/2015 (11h30). Já o Tesouro faz às 11 horas operações de venda e de compra de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F).