Mercado imobiliário

Ativa projeta melhora nas margens da PDG e recomenda a compra das ações

Evolução na entrega dos projetos da Agre, que têm rentabilidade inferior, deve melhorar as margens da empresa, diz analista

Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da PDG registram valorização de 32,5% (EDUARDO MONTEIRO)

Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da PDG registram valorização de 32,5% (EDUARDO MONTEIRO)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 15h17.

São Paulo – Considerada a maior incorporadora de capital aberto do mercado brasileiro, a PDG (PDGR3) ganhou uma nova avaliação da Ativa Corretora. O relatório assinado pelo analista Armando Halfeld elevou o preço-alvo das ações ordinárias da companhia de 12,72 reais para 13,50 reais para dezembro de 2011. Tendo em vista o “atrativo” potencial de valorização de 39%, a recomendação dos papéis foi mantida em compra.

“Acreditamos que a PDG é uma das empresas mais preparadas para aproveitar o bom momento do setor, devido ao seu porte superior, com vasta presença nacional e ganhos de escala significativos”, avalia Halfeld. Os lançamentos esperados para 2011 são da ordem de 9 bilhões de reais, ponto mínimo da meta projetada pela companhia.

Para Halfeld, à medida que os projetos antigos da Agre, que possuem rentabilidade inferior aos da PDG, sejam entregues, as margens da empresa vão melhorar. Em maio do ano passado, a PDG chegou a um acordo de troca de ações para assumir o controle de sua então rival Agre. A transação foi avaliada em 2,43 bilhões de reais, criando a maior empresa do setor imobiliário do país.

Selic não preocupa

A alta na taxa básica de juro (Selic) pouco tem afetado o crédito imobiliário, já que o mesmo é indexado à TR (taxa referencial), conforme destaca o relatório. “No entanto, observamos nas últimas semanas um ambiente que precifica a menor elevação de juros do que inicialmente projetada para este ano, dado o cenário no qual o Banco Central aponta para convergência do IPCA à meta em 2012”, lembra Halfeld.

Os economistas do mercado financeiro elevaram novamente nesta segunda-feira (11) as projeções para a inflação oficial neste ano, de 6,02% para 6,26%, se aproximando do teto da meta (6,50%). Para 2012, no entanto, a expectativa do mercado para a inflação é de 5%, estimativa que se manteve neste último relatório Focus. A projeção para a Selic, que há um mês estava em 12,50% ao ano, já caiu para 12,25% e tem se mantido assim nas últimas duas semanas.

Impulso nas ações

A possível elevação do teto dos atuais 500 mil reais para uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) no crédito imobiliário poderia beneficiar as ações do setor, segundo a Halfeld. “É mais provável que este anúncio ocorra no segundo semestre deste ano. O impacto seria bem significativo, pois ainda não está precificado nos atuais patamares de preço das incorporadoras”, diz Halfeld.

Outro fator que também deve ser monitorado de perto pelos investidores é a aprovação no Congresso do programa “Minha Casa, Minha Vida 2”. No entanto, o impacto não seria amplamente significativo, já que boa parte dele já está no preço. Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da PDG registram valorização de 32,5%. Já em 2011, amargam o terreno negativo, com queda de 4%.

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