Radar: o foco dos EUA nesta quarta-feira, 9, é a ata do Fomc, enquanto no Brasil, será o IPCA (Smith Collection/Gado/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 9 de outubro de 2024 às 08h34.
Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 08h12.
Os mercados internacionais operam sem direção única na manhã desta quarta-feira, 9. Nos Estados Unidos, após fechar em alta na sessão anterior com ajuda das empresas de tecnologia, os índices futuros de Nova York caem à espera de pistas sobre o rumo da política monetária,.
Na Ásia, as bolsas fecharam mistas, com as da China liderando as quedas. O principal índice acionário chinês, o Xangai Composto, encerrou as negociações com desvalorização de 6,62%, na esteira da frustração do mercado em relação à ausência de novos estímulos fiscais por parte do governo.
Na Europa, as bolsas ensaiam recuperação modesta, mas ainda em tom de cautela devido ao sentimento mais negativo dos mercados asiáticos. Pela manhã, as bolsas operam com ligeira alta.
Investidores aguardam a divulgação da ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos EUA, que deverá ser divulgada às 15h, assim como a fala de sete dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
O mercado irá buscar pistas sobre os próximos passos do Fed. Com base nos últimos movimentos, como falas do presidente do BC americano, Jerome Powell, e um payroll bem acima do esperado, tudo indica que os Estados Unidos podem realizar um “pouso suave”.
Pela manhã, a plataforma FedWatch, do CME Group, apontava para 88,7% de chance do Fed cortar os juros em 0,25 pontos-percentuais (p.p.), enquanto 11,3% apostavam em uma manutenção na próxima reunião.
Já a curva de juros futuros mostram que as taxas de até um ano avançam ligeiramente, enquanto as taxas futuras de longo prazo recuam, com o T-10 caindo 0,40% por votla das 8h.
No cenário local, destaque para o Índice de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA), que será divulgado às 9h. A expectativa do mercado, segundo as Projeções Broadcast, é de que o indicador registre alta mensal de 0,45% em setembro, ante a deflação de 0,2% do mês anterior, pressionado por energia e alimentos.
Nesta manhã, a grande maioria do mercado precifica um aumento de 0,50 pontos percentuais (p.p.). Segundo a plataforma da B3, 73,50% apostavam nessa hipótese. Entretanto, investidores ainda seguem incertos, com diversas outras possibilidades aparecendo: manutenção (1,50%), aumento de 0,25 p.p. (13,50%), aumento de 0,75 p.p. (8,50%) e aumento de 1 p.p. (2%).
O Banco Central da Índia (RBI, na sigla em inglês) manteve, por cinco votos a um, a taxa básica de juros em 6,50% ao ano nesta quarta-feira, conforme esperado pelo mercado. Apesar da decisão refletir uma postura cautelosa, o banco deixou em aberto a possibilidade de flexibilizar a política monetária futuramente, que permanece estável desde fevereiro de 2023.
O presidente do RBI, Shri Shaktikanta Das, embora o núcleo da inflação pareça estar se estabilizando, o RBI continuará vigilante. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Índia subiu 3,65%, abaixo da meta de inflação de 4%. Já a economia da Índia registrou crescimento de 6,7% no segundo trimestre de abril a junho, também abaixo da previsão do banco central.