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Ata do Copom, Oi adia balanço, oferta da CSN e o que mais move os mercados

Principais índices internacionais mantém tendência de alta após derrocada da última semana

Banco Central: Copom divulga ata da última reunião nesta terça (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Banco Central: Copom divulga ata da última reunião nesta terça (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Beatriz Quesada

Publicado em 21 de junho de 2022 às 07h00.

Última atualização em 21 de junho de 2022 às 08h24.

As bolsas globais operam em alta nesta terça-feira, 21, dia de volta de feriado no mercado americano. Os principais índices seguem na mesma toada de recuperação do dia anterior, ainda se refazendo das fortes perdas da semana passada. 

Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 1,71%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 1,92%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 2,01%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,78%
  • DAX (Frankfurt): + 1,16%
  • CAC 40 (Paris): + 1,47%
  • Hang Seng (Hong Kong): + 1,87%
  • Shangai Composite (Xangai): - 0,26%

O clima de aversão a risco, no entanto, continua no radar, com investidores cada vez mais preocupados com a possibilidade de recessão nos Estados Unidos. Os temores aumentaram na última quarta-feira quando o Federal Reserve (Fed, banco central americano), subiu a taxa de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual (p.p.) – maior elevação desde 1994 – para conter a alta da inflação.

A medida levou o mercado americano para a 10ª semana consecutiva de queda, arrastando o mercado global para o campo negativo. No Brasil, o Ibovespa desabou 5% na última semana, e ontem encerrou o dia em leve alta, buscando acompanhar o cenário internacional de correção.

Ata do Copom

Nesta terça, investidores locais ficarão atentos à ata da reunião da última semana do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que será divulgada às 8h. Na decisão, o Copom elevou a taxa básica de juros em 0,5p.p., levando a Selic de 12,75% para 13,25% ao ano. 

A expectativa do mercado é que a ata forneça mais um informações sobre o fim do ciclo de alta de juros. Havia a expectativa de que a reunião de junho fosse a última alta do ano, o que foi frustrado pelo aumento da inflação e pelo cenário de alta de juros também nos Estados Unidos. 

O Copom, no entanto, já sinalizou um aumento de igual ou menor magnitude para a reunião de maio, contratando uma nova alta de, pelo menos, 0,25 p.p..

Balanço da Oi adiado

No cenário corporativo, a Oi (OIBR3) comunicou na noite passada que adiou, pela segunda vez, a divulgação de seu balanço do primeiro trimestre. Os dados, que seriam divulgados nesta terça-feira, 21, agora serão fornecidos no dia 28 de junho.

A justificativa para o atraso, segundo a Oi, está na venda da Infraco, unidade da Oi dedicada à construção de infraestrutura óptica, e da Oi Móvel, vendida às concorrentes TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3). Segundo a companhia, o impacto das vendas nas demonstrações financeiras da companhia causaram o atraso.  

No lugar do balanço, a Oi antecipou, de forma preliminar, os principais dados do balanço do 1º trimestre. Segundo a empresa, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina – indicador de caixa operacional –, foi de R$ 1,220 bilhão, alta de 8,1% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Já a receita líquida da Oi caiu de R$ 4,395 bilhões para R$ 4,383 bilhões, queda de 0,27%.

Oferta da CSN pela Samarco

A CSN (CSNA3) contratou um assessor para ajudar a preparar um plano para tentar comprar a mineradora Samarco, joint venture da Vale e da BHP que está em recuperação judicial, segundo a Bloomberg.

A CSN contratou a boutique de reestruturação RK Partners para ajudá-la a elaborar uma proposta. O objetivo é ajudar a acabar com as disputas entre os detentores de títulos da dívida e acionistas da Samarco. A mineradora ficou impossibilitada de pagar suas dívidas após o rompimento de uma barragem de resíduos em 2015, que matou 19 pessoas e quase destruiu duas vilas em Mariana, Minas Gerais.

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