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Ásia: Referendo na Grécia derruba maioria das bolsas

Apenas os pregões de Hong Kong e China foram poupados dos impactos causados pela possibilidade de referendo

Esperança que o governo chinês seja flexível com política econômica trouxe fôlego para o pregão do país e Hong Kong (Daniel Berehulak/Getty Images)

Esperança que o governo chinês seja flexível com política econômica trouxe fôlego para o pregão do país e Hong Kong (Daniel Berehulak/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2011 às 08h28.

Tóquio - O plano da Grécia de submeter a um referendo popular o pacote de socorro financeiro recentemente acordado com os líderes europeus derrubou quase todos os mercados de ações da Ásia. A exceção foram as bolsas da Hong Kong e da China, que se recuperaram das perdas do meio do pregão, graças à expectativa de que o governo chinês possa afrouxar mais rapidamente a política econômica em meio à crescente incerteza na Europa.

A Bolsa de Hong Kong fechou em alta depois de uma impressionante recuperação. O índice Hang Seng avançou 363,75 pontos, ou 1,9%, para 19.733,71 pontos. A maioria das blue chips se recuperou fortemente de suas mínimas intraday. Entre as incorporadoras imobiliárias chinesas, China Overseas Land saltou 6,1% e China Resources Land subiu 3,9%. As ações do banco ICBC fecharam em alta de 4% e as da produtora de alumínio Chalco dispararam 6,3%.

Na China, o índice Xangai Composto encerrou com elevação de 1,4%, aos 2.504,11 pontos, depois de ter caído até 1,5% durante a manhã. O Shenzhen Composto ganhou 1,8%, aos 1.060,17 pontos. A maioria das incorporadoras imobiliárias terminou o pregão em alta depois de fortes perdas recentes. China Vanke subiu 1,8%, China Merchants Property ganhou 3,3% e Poly Real Estate fechou em alta de 2%. Durante a manhã, as ações do setor imobiliário foram severamente castigadas com a notícia de que a cidade de Zhuhai, no sul da China, tornou-se a primeira do país a fixar um teto para o preço dos imóveis. Entre os bancos, ICBC avançou 0,5% e China Construction Bank terminou em alta de 1%.

O yuan ficou estável contra o dólar, depois de o banco central manter sua taxa de referência diária inalterada antes da reunião do G-20 (grupo das 20 nações mais industrializadas). No mercado de balcão, o dólar estava em 6,3573 yuans por volta de 6h30 (de Brasília), com alta apenas marginal sobre os 6,3543 yuans do fechamento de terça-feira. A taxa de paridade central ficou inalterada em 6,3297 yuans por dólar.

Em Taiwan, o índice Taiwan Weighted da Bolsa de Taipei fechou em queda de 0,3%, aos 7.598,45 pontos, mas também recuperou a maior parte de suas perdas no final da sessão, em reação à suposta compra de ações por parte de fundos apoiados pelo governo, depois que o índice chegou à mínima intraday. No setor financeiro, Fubon Financial cedeu 2,8% e First Financial caiu 2%.

A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou com o índico Kospi em queda de 0,6% aos 1.898,01 pontos. Estaleiros e bancos mais vulneráveis a incertezas externas foram os que mais perderam. Hyundai Heavy Industries caiu 4,5%; Korea Exchange Bank, 3,2% e Samsung Electronics, 1,9%.

A Bolsa de Sidney, na Austrália, registrou a terceira queda seguida nesta quarta-feira. O índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 1,1%, aos 4.184,6 pontos.

Em Manila, nas Filipinas, o índice PSE Composto baixou 1,7% e fechou aos 4.260,41 pontos. As informações são da Dow Jones.

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