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As melhores e piores ações do mês de novembro

Siderúrgicas e exportadoras de papel e celulose tiveram o melhor desempenho; empresas de aviação e turismo e grandes bancos tiveram as maiores quedas

Gerdau liderou as altas do Ibovespa, impulsionada pela recuperação da demanda pelo aço. (Germano Lüders/Exame)

Gerdau liderou as altas do Ibovespa, impulsionada pela recuperação da demanda pelo aço. (Germano Lüders/Exame)

TL

Tais Laporta

Publicado em 1 de dezembro de 2019 às 08h30.

Última atualização em 1 de dezembro de 2019 às 09h30.

Em mês de balanços, leilões e alta do dólar, as siderúrgicas e exportadoras de papel e celulose se destacaram entre as ações com o melhor desempenho no período. No outro extremo, empresas ligadas a aviação e turismo e grandes bancos figuraram entre as maiores quedas de novembro na bolsa brasileira.

Com uma valorização de 26%, a siderúrgica Gerdau liderou as altas do Ibovespa, impulsionada pela recuperação da demanda pelo aço. A retomada do mercado de construção, que começa a engatinhar e tem boas perspectivas para os próximos anos, foi um dos principais catalisadores da alta da Gerdau, destacou o banco BTG em relatório a clientes.

O bom desempenho da ação ajudou a reverter perdas amargadas ao longo do ano. A empresa vinha sofrendo com a fraca demanda pelo aço, mas com a recente valorização dos papéis, já tem um preço 15% maior no acumulado de 2019. O impulso do setor siderúrgico ajudou também a elevar as ações da Metalúrgica Gerdau, que teve o segundo melhor desempenho do mês, com um avanço de 21%.

Na ponta negativa, as ações da companhia de turismo CVC fecharam o mês com desvalorização de 21,8%. A companhia chegou a recuar mais de 10% na bolsa após divulgar um lucro líquido 3,6% menor no terceiro trimestre. Ao divulgar os resultados, a agência de turismo mencionou “muitos desafios” em 2019, citando o derramamento de óleo no Nordeste, o ambiente político e problemas com a aérea Avianca, em recuperação judicial.

Os papéis da CVC chegaram a recuperar parte das perdas de novembro após o anúncio de que fará um programa de recompra de ações. O conselho de Administração da empresa aprovou a aquisição de até 7,25 milhões de ações ordinárias, em operação única ou não. A quantidade equivale a 5% do total de ações em circulação, até maio de 2021. Hoje, a CVC possui 145.151.224 ações ordinárias.

A expectativa é que a recompra dos papéis ajude na recuperação dos preços da CVC, uma vez que ela pode indicar que a empresa vê o preço como atrativo. As ações da CVC vêm acumulando fortes perdas na bolsa brasileira. Somente em novembro, a ação desvaloriza mais de 16% e, desde o início de janeiro, recuam ao redor de 30%.

Com forte peso no Ibovespa, os principais bancos também apareceram entre os piores desempenhos do índice no mês. As ações do setor, que já haviam reagido negativamente aos balanços do terceiro trimestre, foram particularmente atingidas após o Banco Central anunciar novas regras para o cheque especial, limitando as taxas de juros em 8% ao ano. O Bradesco (PM) recuou mais de 9% no período, enquanto Itaú Unibanco (PN) cedeu ao redor de 6%. 

Veja as ações que mais subiram em novembro:

EmpresaTicker da açãoAlta em novembro
GerdauGGBR426,14%
Metalúrgica GerdauGOAU421,47%
Via VarejoVVAR319,46%
SuzanoSUZB318,02%
TimTIMP317,82%
WEGWEGE316,52%
UsiminasUSIM314,11%
KlabinKLBN1113,96%
UltraparUGPA312,58%
FleuryFLRY311,35%

Veja as ações que mais caíram em novembro:

EmpresaTicker da açãoQueda em novembro
CVCCVCB321,86%
GolGOLL411,94%
Eletrobras PNELET611,31%
Eletrobras ONELET310,46%
Bradesco ONBBDC39,14%
SantanderSANB119,03%
Bradesco PNBBDC48,78%
SmilesSMLS37,23%
Itaú PNITUB46,02%
IntermédicaGNDI35,80%

*A variação tem base em dados preliminares de 18h do fechamento de sexta-feira (29).

Acompanhe tudo sobre:BradescoCVCGerdauItaú

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