As construtoras estiveram entre as principais altas da bolsa nesta semana (Fernando Vivas)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 19h31.
São Paulo - Nenhuma ação do índice Bovespa – o principal do mercado brasileiro – caiu nesta que foi a melhor semana para a bolsa desde maio de 2009. O Ibovespa encerrou a sexta-feira com uma valorização acumulada de 7,39%.
Os investidores estão confiantes de que a os ministros da economia dos países do G-20 reunidos em Paris consigam entrar em um acordo para deliberar sobre novas medidas que possam auxiliar em uma solução para a crise da dívida dos países da zona do euro.
Em Nova York, o índice Dow Jones registrou uma alta de 4,88%. Na Europa, o índice FTSEurofirst, que reúne as principais ações da região, subiu pela terceira semana seguida. O dólar terminou a semana com baixa de 1,9%. No mês, a queda alcança os 7,87%.
Destaques
As ações do setor imobiliário figuraram entre as principais altas do índice nesta semana. As companhias começaram a publicar os resultados operacionais no terceiro trimestre. E os números têm agradado os investidores.
A Cyrela, cujos papéis subiram 14,07%, divulgou um crescimento de 29,2% nos lançamentos no período em relação ao ano anterior, chegando a 1,7 bilhão de reais.
“Nós vemos esses resultados (junto com a prévia operacional da PDG) como uma evidência positiva da força da demanda, devido a representatividade dessas companhias”, destacam os analistas Marcos Pereira e João Arruda, da Votorantim Corretora, em um relatório.
As maiores altas da semana | ||||
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Empresa | Código | Preço (R$) | Var. % (sem) | Var. % (ano) |
Gafisa | GFSA3 | 5,9 | 16,14 | -49,8 |
Marfrig | MRFG3 | 7,23 | 14,76 | -52,99 |
PDG | PDGR3 | 7,16 | 14,56 | -28,29 |
Vanguarda | VAGR3 | 0,63 | 14,55 | -37 |
Cyrela | CYRE3 | 13,54 | 14,07 | -36,74 |
O frigorífico, que tem um dos papéis mais penalizados em 2011, avançou 14,76% nesta semana. A empresa publicou ontem à noite algumas mudanças operacionais com o objetivo de aumentar as margens. O mercado recebeu bem a notícias, mas ainda torce o nariz para a falta de detalhes.
“Nós recebemos bem os esforços da administração, mas o tamanho e o ‘timing’ do impacto ainda não está claro”, comentaram os analistas do BTG Pactual, Thiago Duarte, Fabio Monteiro e Enrico Grimaldi, em relatório.