Mercados

As 10 empresas da Bolsa que têm mais mulheres na liderança

Magalu, Santander e TIM estão entre as companhias com maior número de mulheres no conselho de administração

Luiza Trajano, CEO da Magazine Luiza: três mulheres no board ao lado de Santander e TIM (Lailson Santos/Divulgação)

Luiza Trajano, CEO da Magazine Luiza: três mulheres no board ao lado de Santander e TIM (Lailson Santos/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 23 de setembro de 2020 às 16h46.

Última atualização em 24 de setembro de 2020 às 16h45.

A ampliação da presença feminina em conselhos de administração garantiu destaque a dez empresas de capital aberto na B3, segundo levantamento exclusivo da Teva Indices, divulgado em parceria com a Easynvest. De acordo com o estudo, cinco delas possuem três mulheres no board: Magalu, Santander, TIM, Natura e Telefônica.

As outras cinco empresas têm duas mulheres na mesma posição, e incluem Vale, Suzano, Lojas Renner, Engie Brasil e a própria B3.

O ranking adotou como critério uma capitalização mínima de R$ 300 milhões, com base em dados divulgados pelas companhias até 31 de agosto. A pesquisa exclui empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, que não tenham ao menos 1% de suas ações em circulação free float.

Em termos proporcionais, as empresas com maior protagonismo feminino nos conselhos são

  • Magalu (43%)
  • Santander (33%)
  • TIM (30%)
  • Telefônica (25%)
  • Natura (25%)
  • Renner (25%)
  • Engie (22%)
  • Suzano (20%)
  • B3 (18%)
  • Vale (15%).

Apesar de o Banco BMG ter 50% de mulheres no conselho, que é composto por 8 assentos, foram disponibilizadas as 10 maiores empresas ordenadas por capitalização de mercado. Por esse critério de ordenação, o Banco BMG aparece na posição 38. Na ordenação por “percentual do conselho ocupado por mulheres” o Banco BMG aparece em primeiro lugar, mas essa lista não foi disponibilizada.

Os resultados evidenciam companhias que têm dado espaço à equidade de gênero no mercado de trabalho, mas indica um longo caminho a ser percorrido, avalia Iris Sayuri, gerente de produto da Easynvest. "Os números reforçam empresas com bons exemplos, mas o cenário ainda é muito desigual para elas. Se pensarmos em CEOs, menos de 4% são mulheres ao olhar para as companhias de capital aberto", justifica.

Para o CEO da Teva Indices, Gabriel Verea, o levantamento indica a importância de medir quantitativamente determinados objetivos. "Observamos que a disparidade da representatividade feminina nos conselhos de administração ainda é grande. Chamar a atenção para esses números deixa claro a urgência em promover essa mudança", diz.

Os dados produzidos pela empresa utilizam as mesmas ferramentas e rigor para elaborar índices financeiros sobre ESG (abreviação, em inglês, de Environmental, Social and Governance, ou, em português, Ambiental, Social e Governança Corporativa), e que incluem, portanto, assuntos relacionados a gênero. A Teva Indices é a única a medir quantitativamente a presença de todas as mulheres em conselhos de administração de empresas brasileiras.

 

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresConselhos de administraçãoDiversidadeEmpresas abertasEXAME-no-InstagramMagazine LuizaMulheresMulheres executivasTelefônicaTIM

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney