Pregão da Bovespa (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2011 às 08h41.
São Paulo – De olho nas projeções para a temporada de resultados das companhias brasileiras, referentes ao primeiro trimestre de 2011, a equipe de pesquisa do Santander listou as 10 ações que serão mais beneficiadas por conta da divulgação dos balanços das empresas.
Os analistas Leonardo Milane e Marcelo Audi acreditam que os papéis da Brasil Foods (BRFS3), EZTec (EZTC3), MRV (MRVE3), Iochpe-Maxion (MYPK3), Randon (RAPT3), Cemig (CMIG3), Cesp (CESP3), Copel (CPLE3), BR Properties (BRPR3) e Vale Fertilizantes (FFTL3) serão os mais beneficiados após a apresentação do resultado de cada companhia.
Em sentido contrário, as ações que poderão ter o pior desempenho são: JBS (JBSS3), Gafisa (GFSA3) e Light (LIGT3).
Em relatório, o Santander afirma também que as empresas do setor de mineração são as que devem apresentar o maior lucro por ação entre todos os setores do Ibovespa, com um avanço de até 224%. Este aumento ocorrerá por conta da alta de 165% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das companhias do setor, graças o aumento nos preços do minério de ferro.
A Vale, maior produtora da commodity no mundo, será a mais beneficiada. A estimativa do Santander para todas as companhias brasileiras listadas no Ibovespa é de um avanço de 40,7% no Ebitda e de 48% nos lucros por ação após a apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, em comparação a igual período do ano passado. Excluindo apenas o resultado da Vale, a estimativa cai para 10,4% e 14%, respectivamente.
Essa queda brusca ocorre “em decorrência das projeções de fracos resultados particularmente em três setores: petróleo, gás e petroquímico; siderurgia e agronegócio”, explicam os analistas.
No ranking do Santander, os setores que poderão apresentar o maior lucro por ação são: mineração (+224%), alimentos e bebidas (+67%), incorporação e construção (+46%); saúde (45%), e educação (+44%). Na contramão, o pior ganho por ação deve vir dos seguintes setores: siderurgia (-26%), petróleo, gás e petroquímica (-14%) e agronegócio (-9%).