A alta de 19,28% nos papéis da Embraer (EMBR3) foi embalada pela alta do dólar em relação ao real. Além disso, a terceira maior fabricante mundial de aeronaves comerciais firmou neste ano vendas para as norte-americanas Republic Airways, United Airlines e SkyWest, fortalecendo a carteira de pedidos e dando fôlego às ações, que estão no maior nível em 5 anos. .
A valorização de 17,25% dos papéis da JBS (JBSS3) mês de maio foi impulsionada pela forte alta no lucro líquido do primeiro trimestre, que foi ajudada por um salto anual de mais de 20 % na receita líquida do período, O lucro líquido de janeiro a março totalizou 227,9 milhões de reais, alta anual de 96,3 %, superando a expectativa média dos analistas.
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) terminaram na ponta positiva do índice em maio. As ações ordinárias fecharam o mês com valorização de 16,59%, enquando as preferenciais ficaram com alta de 17,01%. Os papéis começaram a ter uma alta expressiva após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre. A empresa apresentou prejuízo líquido de 36 milhões de reais, reveretndo o lucro de 1,27 bilhão de reais registrado um ano antes. O resultado do período foi o primeiro da empresa a refletir as novas tarifas de geração e transmissão de energia de ativos cujas concessões foram renovadas. Na opinião do analista Sergio Tamashiro, analista do J.Safra, nada de relevante pode justificar esta recente alta dos papéis na bolsa. “Os resultados acima das expectativas não significam necessariamente que tenham sido bons", ressaltou após teleconferência com a empresa.
A alta do dólar também beneficiou a Marfrig (MRFG3) que acumulou alta de 16,98% em maio. A ações tiveram um bom desempenho apesar do prejuízo apresentado pela empresa no primeiro trimestre de 2013. A Marfrig reverteu o lucro líquido de 34,5 milhões de reais do primeiro trimestre do ano passado e apresentou prejuízo líquido de 81,2 milhões de reais entre janeiro e março de 2013. De acordo com os analistas Catarina Pedrosa e Felipe Machado, do Espirito Santo Investment Bank, os resultados estiveram, em geral, em linha com as expectativas do mercado. Eles destacam que durante a teleconferência, a empresa reiterou seu comprometimento em reduzir a alavancagem e divulgou medidas que está tomando para aumentar o fluxo de caixa livre. A Marfrig se comprometeu também a reduzir a dívida bruta de 2 bilhões de reais até o final do ano, por meio de venda de ativos.
A recente valorização do dólar também colaborou para a alta de 12,01% dos papéis da Fibria (FIBR3) neste mês. Além disso, as ações da empresa ganharam uma força adicional após terem sido incluídas no portfólio do Itaú BBA no lugar dos papéis da Klabin. O resultado positivo no primeiro trimestre também contribuiu para o otimismo dos investidores. A empresa teve lucro líquido de 24 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de 10 milhões registrado um ano antes, mas reduzindo pela metade o ganho visto nos últimos três meses de 2012.
Mais uma vez, a OGX (OGXP3) apresenta a maior queda do mês, com desvalorização acumulada de -35,48%. A queda foi motivada por uma série de notícias ruins. No começo do mês, a petroleira anunciou queda de 7,9% na produção média de óleo sobre o resultado de abirl, o que abalou ainda mais a já fraca confiança dos investidores. Além disso, a empresa de Eike Batista registrou um prejuízo líquido no primeiro trimestre de 804,6 milhões de reais, quase três vezes superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, por conta de despesas bilionárias com poços secos.
A queda de 27,6% das ações da GOL (GOLL4) foi empurrada pelo prejuízo líquido de 75,290 milhões reais registrado no primeiro trimestre deste ano, ante perdas de R$ 41,4 milhões apurado no mesmo período do ano passado, crescimento de 81,8%.
As ações da Oi (OIBR3. OIBR4) também ficaram entre as maiores quedas do mês de maio. Enquanto os papéis ordinários registraram baixa de 25,39%, os preferenciais acumularam desvalorização de 21,07%.
A queda de 19,91% nas ações da Brookfield (BISA3) no mês de maio foi puxada pelo forte prejuízo apresentado. A empresa registrou um prejuízo quase três vezes maior do que o resultado negativo de um ano antes, contrariando as estimativas do mercado que esperavam por lucro, além de ter reduzido sua meta para margem bruta em 2013. O prejuízo líquido foi de 47,7 milhões de reais entre janeiro e março, número 192,4% maior do que o de um ano antes.
"Alavanca de crescimento de receita está bem endereçada, mas obviamente vai demandar um pouco de tempo para o mercado comprar a tese", diz Renato Franklin