Mercados

Aprovação do governo Bolsonaro segue em queda entre investidores

Sondagem aponta que apenas 28% dos investidores consideram o governo ótimo/bom

Jair Bolsonaro: além da popularidade, a expectativa dos investidores com o governo também diminuiu (J. Batista - Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Jair Bolsonaro: além da popularidade, a expectativa dos investidores com o governo também diminuiu (J. Batista - Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 8 de abril de 2019 às 14h46.

São Paulo - A popularidade do presidente Jair Bolsonaro caiu no mercado financeiro. Em abril, apenas 28% dos investidores consideravam o governo ótimo/bom. Em fevereiro, o percentual era de 70%. Já em janeiro era de 86%.

Em contrapartida, o percentual aumentou entre os que consideram o governo ruim/péssimo. Em abril, a resposta foi apontada por 24%, contra 3% em fevereiro. Outros 48% disseram que o governo é regular. Em fevereiro eram 27%.

Os dados fazem parte de uma sondagem realizada pela XP Investimentos com investidores institucionais (formado por gestores de recursos, economistas, consultores) entre os dias 3 e 5 de abril.

Expectativa com governo

Além da popularidade, a expectativa dos investidores com o governo também diminuiu. Para 60%, a expectativa é ótima/boa. Na sondagem anterior, o percentual era de 86%.

A expectativa ruim/péssima foi apontada por 13% e a regular por 28%. Na pesquisa anterior, os percentuais eram 2% e 12%, respectivamente.

Os investidores também avaliaram o Congresso. Para 40%, o Congresso é ruim/péssimo, 44% disseram que é regular e 15% ótimo/bom.

Aprovação da reforma

A sondagem apontou ainda que a expectativa com a reforma da Previdência continua forte. Para 80%, a reforma será aprovada em 2019, mesmo percentual do levantamento de fevereiro. A economia esperada com a reforma se manteve em R$ 700 bilhões em 10 anos, ante a proposta do governo de R$ 1,165 trilhão.

A expectativa é que a PEC da Previdência seja apenas no segundo semestre. Segundo os dados, 61% esperam que a reforma seja votada pela Câmara apenas após o recesso, enquanto 38% esperam que o texto seja votado em junho ou julho. No levantamento anterior, 60% esperavam a votação ocorresse entre maio e julho.

A aprovação final pelo Congresso, com todas as votações em ambas as casas é esperada por 66% dos respondentes para o quarto trimestre de 2019, enquanto 26% esperam que a aprovação se dê já no terceiro trimestre.

 

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroInvestidoresJair BolsonaroMercado financeiroReforma da Previdência

Mais de Mercados

Recessão pode ser possível resultado das tarifas de Trump, diz CEO do JPMorgan

Negociações do Tesouro Direto são suspensas diante de guerra comercial entre EUA e China

Dos iPhones aos cabides: o desafio dos EUA para deixar de importar da China

Ibovespa sobe mais de 2% com suspensão da tarifas recíprocas; dólar despenca