Bolsonaro: 70% acreditam que o governo é bom/ótimo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Karla Mamona
Publicado em 1 de março de 2019 às 10h48.
São Paulo - Uma sondagem realizada pela XP Investimentos, com 122 representantes de investidores institucionais ( gestores de recursos, economistas e consultores) apontou que a aprovação do governo Bolsonaro diminuiu no último mês. Em fevereiro, 70% disseram que o governo era bom/ótimo. Em janeiro, o percentual era de 86%.
Outros 27% disseram que o governo é regular. Em janeiro o percentual era de 13%. Os que acreditam que o governo é ruim/péssimo somam 3% dos respondentes em fevereiro, no mês passado, o indicador era de 1%.
Apesar na queda da aprovação do governo, os investidores estão otimistas, 86% disseram que a expectativa para o resto do mandato é bom ou ótimo. Em janeiro, o percentual era o mesmo.
Entre os que disseram que será regular houve um aumento de 10% em janeiro para 12% em fevereiro. Já os que acreditam que será ruim/péssimo houve uma queda de 3% para 2%, no mesmo período.
A sondagem também apontou a avaliação dos investidores sobre o Congresso. Para 48%, a atuação do Congresso é regular, 30% disseram que é ótimo/bom e 21% ruim/péssimo. Em janeiro, os percentuais eram de 59%, 23% e 18%, respectivamente.
Sobre a proposta da reforma da Previdência, 80% acreditam que ela será aprovada. Em janeiro, os que acreditaram na aprovação somavam 75%.
Os agentes do mercado financeiro consultados estimam que a reforma da Previdência aprovada pelo Congresso gerará uma economia de R$ 700 bilhões em 10 anos, ou seja R$ 465 bilhões, ou 40%, a menos que o texto original elaborado pelo Palácio do Planalto.
Sobre o cronograma da tramitação, 58% acreditam que a proposta seja aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar, em julho, mas apenas 2% acreditam nessa votação em maio, como prevê o calendário do governo. Outros 40% só veem a votação acontecendo no segundo semestre de 2019.
A sondagem também apontou a expectativa do investidores em relação arrecadação do governo com as privatizações. É esperado R$ 300 bilhões em 4 anos com a venda de ativos.