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Aprovação da meta contínua de 3% para inflação, IPCA-15 e Suzano (SUZB3): o que move o mercado

Na véspera, Lula aprovou a meta em uma reunião com os ministros da Fazenda, Casa Civil e Relações Institucionais, além de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC

Radar: mercado aguarda publicação do decreto que estabele a meta contínua de 3% para inflação (Ricardo Stuckert / AFP)

Radar: mercado aguarda publicação do decreto que estabele a meta contínua de 3% para inflação (Ricardo Stuckert / AFP)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 26 de junho de 2024 às 08h38.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta quarta-feira, 26. Nos Estados Unidos, Nasdaq sobe com a recuperação da Nvidia (NVDC34). Ontem, a empresa fechou com alta de quase 7%, após perder US$ 500 bilhões na segunda-feira, 24, com uma queda de 6%. Já Dow Jones opera em queda, enquanto o S&P 500 oscila. Na Ásia, as bolsas fecharam a sessão em alta, pegando impulso nos ganhos de papéis de fabricantes de chips, que se beneficiaram do entusiasmo com a Nvidia.

Na Europa, as bolsas também operam sem direção única, mas abriram em alta após um formulador da política monetária da zona do euro sugerir que mais dois cortes de juros podem ocorrer ainda neste ano na região. Por aqui, um dia após a ata do Copom mostrar que o Banco Central (BC) está mais firme na atuação para reancoragem das expectativas de inflação e confirmar a taxa Selic estável em 10,50% no resto do ano, o Ibovespa futuro cai.

IPCA-15 e dívida pública

Na agenda dos indicadores econômicos, é a vez do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar, às 9h, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação no Brasil. O consenso LSEG projeta uma alta de 0,45% em junho, ante os 0,44% em maio, e 4,12% em 12 meses, ante os 3,70% acumulados até o mês anterior. Ainda nesta quarta-feira, às 10h30, terá a divulgação da dívida pública, seguido pelo resultado do governo central de maio, às 14h30, com o consenso LSEG projetando um déficit de R$ 54,2 bilhões.

Aprovação da meta de 3%

O mercado também espera a publicação do decreto que estabelece a meta contínua de inflação de 3% a partir de 2025. A expectativa é que o decreto seja publicado no Diário Oficial da União (DOU) antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), às 15h, para que o colegiado possa fixar a meta.

A meta foi validada na véspera, em uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) e a ministra substituta da Casa Civil, Miriam Belchior (PT).

Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, também participou do encontro. A autoridade é o nome mais cotado para ser indicado por Lula para ser o novo presidente do BC em 2025, após o mandato de Roberto Campos Neto acabar em dezembro deste ano.

Suzano (SUZB3)

No radar corporativo, a nova fábrica de produção de celulose da Suzano (SUZB3) em Ribas do Rio Pardo (MS), conhecida como Projeto Cerrado, começará a operar em julho. A informação foi publicada por meio de fato relevante na noite desta terça-feira, 25. A previsão, no entanto, era para junho, conforme informou a empresa em agosto de 2023.

“O Projeto Cerrado está na sua fase final de comissionamento e a companhia tem por objetivo em seu planejamento garantir a adequada execução do start-up da nova fábrica e o bom desempenho de sua curva de aprendizado.”

Apesar do adiamento, a notícia pode impactar positivamente as ações da empresa de celulose, já que irá aumentar a produção e os investimentos. O banco Safra, em relatório, estima que o Projeto Cerrado eleve a capacidade de produção em 20%.

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