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Apple (AAPL) perde posto de empresa mais valiosa do mundo com queda de 5% nas ações

A fabricante do iPhone viu "sumir" quase US$ 775 bilhões em valor de mercado

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 8 de abril de 2025 às 20h18.

Última atualização em 9 de abril de 2025 às 07h22.

A Apple (AAPL) perdeu nesta terça-feira, 8, o título de empresa mais valiosa do mundo depois que suas ações caíram 4,98%. Isso acontece um dia antes das novas tarifas de Donald Trump sobre importações chinesas entrarem em vigor.

Com essa queda nos papéis da Apple, sua capitalização de mercado foi para menos de US$ 2,6 trilhões, em comparação com a Microsoft (MSFT), que ficou em US$ 2,65 trilhões.

De acordo com o site Investopedia, as ações da Apple perderam mais de 20% de seu valor nas quatro sessões desde que o presidente Trump anunciou que aumentaria a tarifa sobre produtos chineses em 34% a partir de 9 de abril.

Depois que a China respondeu na semana passada que também aumentaria suas taxas em 34% sobre produtos dos EUA, Trump disse que aumentaria as tarifas sobre produtos chineses em mais 50%.

A Apple, que monta cerca de 90% de seus produtos na China, ganhou isenções durante a guerra comercial EUA-China do primeiro governo Trump. Parece que dessa vez a coisa vai ser diferente.

Essa queda da Apple eliminou quase US$ 775 bilhões do valor de mercado da empresa. Isso é mais do que o valor de mercado da Tesla e maior do que o de todas as empresas dos EUA, exceto sete (incluindo a própria Apple).

Sete Magníficas sangrando

Falando em sete empresas valiosas, desde o anúncio das tarifas recíprocas na semana passada, as chamadas Sete Magníficas (Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla) lideraram as perdas no mercado americano.

Segundo o Investopedia, a Tesla (TSLA), a segunda pior do grupo, caiu 21,5% desde o anúncio de tarifas de Trump. Amazon (AMZN), Nvidia (NVDA) e Meta Platforms (META) caíram entre 12% e 13% no mesmo período, enquanto Alphabet (GOOG) e Microsoft caíram 7,7% e 7,2%, respectivamente.

Mesmo sem iPhone novo, lojas da Apple lotam com temor de tarifaço de Trump

iPhone é produzido em sua maior parte na China, cujos produtos enfrentarão tarifas de 54% para entrar nos EUA. “As pessoas estão apenas entrando apressadas, preocupadas e fazendo perguntas”, disse um funcionário à Bloomberg. A companhia não deu diretrizes aos empregados de como responder a esses questionamentos.

O frenesi em um momento típico de baixas vendas se traduziu em maiores vendas. A Apple tem tomado providências para se preparar para as novas tarifas de Trump, como ampliar o inventário. Além disso, a Apple tem transferido sua produção voltada para os EUA da China para a Índia, que não tem tarifas tão altas quanto a China.

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