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‘Apocalipse adiado’: as previsões duras do BofA para as ações americanas

Risco é que a inflação volte a subir e que a economia dos EUA enfrente uma recessão mais profunda no segundo semestre

Recomendação é que os investidores comecem a realizar lucro (Reprodução/Getty Images)

Recomendação é que os investidores comecem a realizar lucro (Reprodução/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 4 de fevereiro de 2023 às 08h30.

(Bloomberg) O rali das ações americanas já foi longe demais, e os investidores podem enfrentar quedas brutais se o crescimento econômico desabar no segundo semestre, segundo estrategistas do Bank of America (BofA).

“Apocalipse adiado”. Foi assim que se referiu a equipa liderada por Michael Hartnett à forte tendência de alta deste início de ano e os fluxos positivos para os fundos de renda variável.

O risco é que a inflação volte a subir nos próximos meses e que a economia dos Estados Unidos enfrente uma recessão mais profunda no segundo semestre de 2023, disseram.

Os fundos globais de renda variável tiveram US$ 44,7 bilhões em ingressos líquidos nas últimas quatro semanas, segundo o relatório do BofA, com base em dados da EPFR.

As ações vêm subindo desde o início do ano com sinais de arrefecimento da inflação, otimismo com a reabertura da China e esperanças de que a desaceleração econômica forçará os principais bancos centrais a interromperem o aperto monetário.

Hartnett recomenda que os investidores comecem a realizar lucro quando o S&P 500 ultrapassar 4.200 pontos — apenas 0,5% acima do fechamento mais recente. Ele espera que o índice de referência americano atinja seu pico do primeiro trimestre antes de 14 de fevereiro.

Vários estrategistas compartilham a visão de Hartnett.

Michael Wilson, do Morgan Stanley, disse que os investidores empolgados com o rali das ações americanas vão se decepcionar, porque estão desafiando o Federal Reserve diretamente.

Marko Kolanovic , do JPMorgan, disse que a economia caminha para uma desaceleração bem no momento em que as ações sobem, preparando o terreno para um “crash”.

-- Com a colaboração de Sagarika Jaisinghani e Michael Msika.

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