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Apetite a risco prevalece antes de cúpula da UE e BCE

São Paulo - Os mercados globais refletiam nesta quarta-feira apostas otimistas para um acordo amplo e corajoso na cúpula da União Europeia nesta semana a fim de enfrentar a crise na zona do euro. O alerta da Standard & Poors sobre os ratings de 15 países da região reforçou a avaliação de que algo consistente […]

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 18h50.

São Paulo - Os mercados globais refletiam nesta quarta-feira apostas otimistas para um acordo amplo e corajoso na cúpula da União Europeia nesta semana a fim de enfrentar a crise na zona do euro. O alerta da Standard & Poors sobre os ratings de 15 países da região reforçou a avaliação de que algo consistente deve sair do encontro na sexta-feira.

Autoridades da UE estariam trabalhando em uma proposta de última hora para aumentar o limite de empréstimo combinado do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) e do mecanismo permanente que irá substituí-lo, o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilidade). O último fundo estava previsto para ser lançado em 2013, mas haveria esforços em andamento para adiantar isso em um ano.

O Financial Times reportou na terça-feira que líderes europeus discutirão aumentar o poder de fogo do fundo de ajuda financeira na cúpula nesta semana. De acordo com as fontes da reportagem, os líderes estudam permitir que o EFSF continue funcionando mesmo após a entrada em vigor de outro fundo (ESM) de 500 bilhões de euros no meio de 2012.

Mais cedo, também na véspera, a Reuters informou que o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, discutiu a possibilidade de ampliar o tamanho do ESM.

As expectativas para a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira também corroboravam o tom positivo.

Analistas esperam que a instituição reduza o juro para 1% e forneça mais empréstimos ilimitados em euro aos bancos, ao mesmo tempo em que irão buscar sinais sobre eventual aceleração das compras de títulos soberanos no no mercado secundário após anúncio de medidas de austeridade em países como a Itália.

Às 7h20, o índice europeu FTSEurofirst 300 subia 1,01 por cento e o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,96 por cento --12 pontos. O MSCI para ações globais ganhava 0,64 por cento e para emergentes, 0,98 por cento.

O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 1,29 por cento. Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 1,71 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com elevação de 0,29 por cento.

Entre as moedas, o euro apreciava-se 0,2 por cento, a 1,3429 dólares, o que influenciava a queda de 0,10 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. Em relação ao iene , o dólar oscilava ao redor da estabilidade, a 77,75 ienes.

No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent aumentava 0,15 por cento em Londres, a dólares 110,98, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York subia 0,47 por cento, a 101,76 dólares.

A pauta brasileira é dominada por dados de preços, com o IGP-DI abrindo o dia, seguido pelo índice de inflação no atacado do IBGE e pelo índice de commodities do Banco Central.

Também estão agendados dados sobre a indústria automobilística na primeira etapa do dia.


Veja como ficaram os principais mercados na terça-feira:

CÂMBIO -  O dólar fechou a 1,7975 real, em alta de 0,32 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subiu 1,06 por cento, para 59.536 pontos, no maior nível de fechamento desde julho. O volume financeiro na bolsa era de 4,959 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,29 por cento, a 30.488 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 caía a 9,810 por cento ao ano ante 9,830 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3408 dólar, ante 1,3401 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 131,438 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,097 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 7 pontos, para 213 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 9 pontos, a 354 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,43 por cento, para 12.150 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,11 por cento, para 1.258 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,23 por cento, para 2.649 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subiu 0,29 dólares, a 101,28 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,0856 por cento ante 2,033 por cento no fechamento anterior.

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