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Anúncio do Fed faz bolsas reduzirem perdas

O Fed estendeu a chamada "Operação Twist" com o objetivo de fomentar a recuperação da economia norte-americana

O impacto da notícia nos mercados internacionais foi imediato (Win McNamee/Getty Images)

O impacto da notícia nos mercados internacionais foi imediato (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 16h30.

São Paulo - O anúncio do Federal Reserve (banco central norte-americano) de extensão de programa de estímulo monetário fez com que os principais índices acionários dos Estados Unidos reduzissem suas perdas. Em esforço renovado para reduzir os custos de empréstimos pela venda de títulos de curto prazo para a aquisição de bônus com vencimento maior, o Fed estendeu a chamada "Operação Twist" com o objetivo de fomentar a recuperação da economia norte-americana.

O impacto da notícia nos mercados internacionais foi imediato. Além da redução das perdas em Wall Street, os treasuries norte-americanos eliminaram algumas perdas nos preços, com os futuros do petróleo nos EUA e do tipo Brent seguindo a mesma linha. Uma hora antes do anúncio, as bolsas europeias haviam fechado em alta, voltando a atingir suas máximas em um mês. O clima até então era marcado pela expectativa de novos estímulos dos bancos centrais, não só nos EUA como também na Europa, com forte impulso nas ações do setor bancário. O principal indicador de Londres chegou a atingir seu maior nível em sete semanas.

No Brasil, o Ibovespa acompanhou a trajetória vista em Wall Street, recuando à espera e em meio ao anúncio do Fed e operando perto da estabilidade posteriormente, com operadores destacando ainda realização de lucros por parte de alguns investidores, após os ganhos recentes. No mercado de câmbio, por sua vez, o dólar acelerou altas ante o real após o Fed, seguindo a trajetória da divisa norte-americana no exterior até então, embora tenha reduzido suas perdas e passado a perto da estabilidade pouco depois.


O anúncio de renovação de estímulo monetário nos EUA é feito no dia seguinte ao encerramento da cúpula de líderes do G20 -grupo das principais economias do mundo-, em Los Cabos, no México. O grande foco do evento foi a Europa, com renovadas preocupações sobre a formação de governo na Grécia, o sistema bancário espanhol e a crise da dívida na zona do euro.

Em comunicado conjunto após a cúpula, o G20 disse que os países do euro incluídos no grupo tomarão todas as medidas necessárias para garantir estabilidade, melhorar o funcionamento dos mercados e quebrar o círculo vicioso entre dívida soberana e bancos.

Nas conversas entre os líderes, a Itália propôs na terça-feira que os fundos de resgate da zona do euro comecem a comprar dívida de países europeus em dificuldade. A ideia, que posteriormente foi classificada por Madri como "inteligente", deve ser discutida com maior profundidade na sexta-feira, em Roma.

Enquanto isso, no cenário doméstico, e tendo como pano de fundo a Rio+20, a presidente Dilma Rousseff vai pedir a lideranças internacionais ainda nesta quarta-feira que busquem soluções de longo prazo para problemas atuais, sobretudo em relação à crise internacional, disse uma fonte da delegação brasileira.

Mais cedo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a confiança do empresário do setor industrial caiu em junho 1,8 ponto em relação a maio, atingindo o menor nível do ano. Ainda nesta quarta-feira, o Banco Central anunciou que o fluxo cambial ficou negativo em 327 milhões de dólares entre os dias 11 e 15 passados, depois de na semana anterior ter registrado saldo positivo. 

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