Americanas: pedido de recuperação pode vir nas próximas horas (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images)
A varejista Americanas (AMER3) diz que o pedido de recuperação judicial ficou mesmo mais iminente. "A administração está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias ou até potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento em caráter de urgência de seu pedido de recuperação judicial", diz o texto publicado há pouco como fato relevante.
Segundo a companhia, a urgência do pedido reflete a posição de caixa atual e é desdobramento da decisão do desembargador Flávio Fernandes que acatou pedido do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). Assim, ficou determinado o bloqueio do valor de cerca de R$ 1,2 bilhão em conta do banco até a apreciação do mandado de segurança.
"Na presente data, a posição de caixa disponível à companhia para suas atividades alcançou o valor de R$ 800 milhões, sendo que parcela significativa deste valor estava injustificadamente indisponível para movimentação pela companhia na data de ontem", diz o texto.
Ontem, o jornal Folha de S. Paulo também noticiou que a Advocacia Geral da União (AGU) estuda igressar como parte interessada numa eventual recuperação judicial da Americanas, por causa de empréstimos feitos pelo BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, em valores que somariam R$ 6,4 bilhões. Desse montante, R$ 6,1 bilhões teriam sido emprestados nos últimos quatro anos, durante o governo Bolsonaro.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a companhia diz que segue na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores, "para manter seu compromisso como geradora de milhares de empregos diretos e indiretos, amplo impacto social, fonte produtora e de estímulo à atividade econômica, além de ser uma relevante pagadora de tributos". E conclui afirmando esperar que os credores "também se comprometam na busca de soluções".