Concorrente direta da Nvidia, a AMD encerrou o último pregão avaliada em cerca de US$ 270 bilhões, quase três vezes o valor de mercado da Intel.
O ponto alto do trimestre foi o segmento de Data Center, que registrou um crescimento expressivo de 122%, com receita recorde de US$ 3,5 bilhões, impulsionada pela forte demanda por processadores EPYC e aceleradores Instinct, ambos voltados para aplicações de inteligência artificial.
Apesar do desempenho sólido, os resultados não foram suficientes para agradar o mercado, e as ações da AMD caíram mais de 7% no pós-mercado.
Um dos pontos de decepção foi a projeção de receita para o quarto trimestre, estimada em aproximadamente US$ 7,5 bilhões, valor que ficou abaixo das expectativas de mercado, de US$ 7,55 bilhões. A perspectiva mais conservadora gerou desconforto, considerando o otimismo elevado em torno do setor de semicondutores e IA.
Fim de jogo?
Além disso, o segmento de Gaming teve uma performance fraca, com queda de 69% na receita, somando US$ 462 milhões. Essa redução é significativa, considerando a relevância histórica desse segmento para a empresa. A diminuição das vendas de produtos semicustomizados e a possível saturação do mercado de consoles contribuíram para esse resultado negativo.
A AMD é a fornecedora exclusiva de processadores semicustomizados para consoles de última geração, como o PlayStation 5 da Sony e o Xbox Series X|S da Microsoft. Além dos consoles, a empresa também desenvolve chips semicustomizados para aplicações como data centers, servidores de jogos em nuvem e soluções de realidade virtual (VR), adaptando-os para atender a requisitos específicos de desempenho e eficiência energética.
Anteriormente, o segmento de Gaming rivalizava em importância com o de Data Centers, mas no trimestre atual, tornou-se a divisão menos relevante. Além da liderança do setor de data centers, as divisões de computadores pessoais e soluções integradas também ultrapassaram o segmento de games em receita e importância estratégica para a AMD.