André Esteves, do BTG Pactual: banco acertou a compra do PanAmericano (Julio Bittencourt)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 13h14.
São Paulo - A alta das ações do Banco Panamericano SA pode forçar o Banco BTG Pactual SA a elevar sua oferta pelos papéis dos minoritários do PanAmericano, segundo Walter Mendes, sócio da Cultinvest Asset Management e presidente da Associação dos Investidores do Mercado de Capitais.
“Vão ter que pagar mais se forem fechar o capital”, disse Mendes, em entrevista por telefone hoje de São Paulo. A Amec representa os interesses de investidores minoritários no mercado brasileiro. “O pessoal está acreditando na capacidade operacional do BTG, é um banco bastante agressivo, com bastante imagem de competência.”
Às 13h38, as ações subiam 17,2 por cento, cotadas a R$ 6,12, o maior preço ‘intraday’ desde 9 novembro, quando foi anunciado o socorro de R$ 2,5 bilhões ao Panamericano pelo Fundo Garantidor de Créditos.
Desde o anúncio da compra da fatia de controle do empresário Silvio Santos no PanAmericano pelo BTG, em 31 de janeiro, as ações da instituição acumulam alta de 44 por cento. Na ocasião, o BTG informou que realizará uma oferta pública aos minoritários para adquirir seus papéis a R$ 4,89 por ação, equivalente ao preço pago ao controlador, segundo o banco.
Hoje, o jornal Valor Econômico disse que o BTG Pactual tem como meta alcançar ativos de até R$ 40 bilhões no PanAmericano, com base em entrevista com o sócio do BTG José Luiz Acar Pedro, apontado para ser presidente do banco adquirido. Atualmente, o PanAmericano tem carteira de crédito de R$ 6,1 bilhões, de acordo com dados do Banco Central, disse a reportagem.
“Faz sentido falar em aumentar ativos e em fechar o capital ao mesmo tempo?”, disse Mendes, da Amec. “Não sei como vai ser a oferta. Com o BTG dizendo quanto ele espera de ativos, o mercado está fazendo a conta ao contrário, pelo valor de ativos e aplicando um preço sobe lucro esperado, mas é pura especulação.”