Wall Street: fundos brasileiros aumentam alocação no exterior (Shutterstock/Shutterstock)
Guilherme Guilherme
Publicado em 26 de junho de 2020 às 13h34.
Última atualização em 26 de junho de 2020 às 13h40.
Os fundos brasileiros nunca tiveram tanto dinheiro em ativos estrangeiros como em maio deste ano. De acordo com estudo feito pelo sistema de informações financeiras Economática, no mês, o volume alocado em investimentos no exterior e em BDRs foi de 278,5 bilhões de reais, o equivalente 5,65% do patrimônio total da indústria de fundos do Brasil.
O montante já é menos da metade da quantidade alocada em ações brasileiras, que representa 8,5% do patrimônio total dos fundos.
O estudo revela que, entre agosto e dezembro do ano passado, o volume alocado por fundos brasileiros em ativos estrangeiros passou por uma leve redução, mas ganhou forte impulso a partir do início deste ano. Em relação ao fim do 2019, a quantia já cresceu 89,59%.
Em termos nominais, o Itaú Unibanco foi a que mais aumentou a alocação em investimentos no exterior, desconsiderando os aportes em BDRs, que são recibos de ações de empresas estrangeiras negociadas no Brasil. Desde o início do ano, o volume financeiro alocado nesse tipo de ativo cresceu mais de 700%, passando de 7,425 bilhões de reais para 59,914 bilhões reais.
Depois do Itaú, a Canvas Capital é a segunda gestora com mais recursos investidos no exterior, com 33.697 bilhões de reais alocados. Em seguida, aparecem a BW Gestão, com 26.535 bilhões de reais, Santander, com 23.782 bilhões de reais e a SPX, com 14.043 bilhões de reais.
No mercado de BDRs, onde os investimentos de fundos equivalem a menos de 2% do total alocado no exterior, é a Caixa que lidera, com volume de aplicação de 1,118 bilhão de reais.