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Alibaba desiste de abrir capital em Hong Kong após impasse

Estrutura acionária, que dá a executivos seniores influência sobre indicações para Conselho, não seria aprovada pelos reguladores locais

Sede da Alibaba: decisão é um balde de água fria para a indústria financeira de Kong Kong, que perdeu prestígio, taxas e volumes de negociação (Nelson Ching/Bloomberg)

Sede da Alibaba: decisão é um balde de água fria para a indústria financeira de Kong Kong, que perdeu prestígio, taxas e volumes de negociação (Nelson Ching/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 20h15.

Hong Kong - Depois de um ano de espera, o homem que comanda o que pode ser a maior oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da história perdeu a paciência com Hong Kong.

Joe Tsai, o executivo da rede varejista virtual chinesa Alibaba responsável pela operação, abandonou as esperanças de uma listagem em Hong Kong nas últimas semanas, de acordo com fontes próximas ao tema. A estrutura acionária da companhia, que dá a executivos seniores influência sobre indicações para o Conselho, não seria aprovada pelos reguladores locais.

A gota d'água foi a lentidão do processo de consulta pública para revisar as regras locais de listagem, no qual o Alibaba tinha apostado suas fichas, disseram as fontes. Esse atraso, aliado à pressa dos concorrentes do Alibaba para atingir o mercado norte-americano, forçaram a empresa a desistir, disseram as fontes.

No último domingo, após aproximadamente um ano de conversas com reguladores de Hong Kong e autoridades do mercado de ações, o Alibaba disse que listaria suas ações nos Estados Unidos, em uma operação que deverá superar a oferta do Facebook de 2012, que atingiu 16 bilhões de dólares.

"O Alibaba percebeu que não era uma batalha que poderia ganhar no prazo que eles queriam para abrir o capital", disse Keith Pogson, sócio para serviços financeiros da consultoria EY em Hong Kong. "Então eles decidiram encontrar uma casa que acomodasse melhor tais estruturas."

A decisão do Alibaba é um balde de água fria para a indústria financeira de Kong Kong, que perdeu prestígio, taxas e volumes de negociação. A falta de uma empresa aberta grande e dinâmica prejudica a bolsa de Hong Kong, que tenta diversificar suas ações para além das empresas chinesas financeiras e do setor imobiliário.

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