Fachada do Banco da Inglaterra, em Londres (Paul Hackett/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 07h40.
Londres - Algumas autoridades do Banco da Inglaterra ficaram tentados a acelerar o programa de estímulo do banco central britânico em agosto, apenas um mês depois de concordarem com um aumento de 50 bilhões de libras em aquisições de ativos, mostrou a ata de sua reunião política nesta quarta-feira.
O BC reduziu sua perspectiva de crescimento para este ano para zero na semana passada e baixou com força sua estimativa de médio prazo como resultado da crise da zona do euro e com a desaceleração econômica global parecendo ser mais profunda do que imaginado anteriormente.
Entretanto, o mercado de trabalho teve uma performance muito mais forte do que o resto da economia --algo que foi confirmado por dados divulgados nesta quarta-feira mostrando uma queda na taxa de desemprego para seu menor nível em quase um ano, de 8 por cento nos três meses até junho.
"O setor privado na Grã-Bretanha está demonstrando que está marcadamente robusto mesmo em momentos difíceis", disse o ministro do Trabalho e Previdência, Iaian Duncan Smith, à TV Sky.
A ata da reunião de 1 e 2 de agosto mostrou que todos os nove membros do comitê de política monetária votaram para manter a meta do programa de quantitative easing (QE) --essencialmente compra de títulos-- no nível de 375 bilhões de libras acordado em julho, mas para algumas autoridades essa decisão foi "finamente balanceada" e existe a possibilidade de mais.
Essa posição contrasta com a mensagem dada na semana passada pelo presidente do BC, Mervyn King. Ele disse que não havia necessidade urgente de imprimir mais dinheiro além do que já foi anunciado.