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Fundos precisam se adaptar à "realidade", diz Aldo Mendes

Segundo diretor de Política Monetária do Banco Central, indústria de fundos precisa adaptar suas estratégias às taxas de juros baixas e dívida menor do governo


	Homem passa pelo edifício do Banco Central em Brasília: indústria de fundos precisa absorver "uma mudança cultural" que envolve o investimento em ativos em vez de títulos, disse
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Homem passa pelo edifício do Banco Central em Brasília: indústria de fundos precisa absorver "uma mudança cultural" que envolve o investimento em ativos em vez de títulos, disse (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 13h28.

São Paulo - A indústria de fundos brasileira precisa adaptar suas estratégias às novas condições da economia local, como taxas de juros baixas e dívida menor do governo, afirmou nesta terça-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, no mais recente pedido para os mercados financeiros elevem o financiamento a novos investimentos.

A indústria de fundos no Brasil --que por anos tirou vantagem dos altos custos de empréstimo do país para fazer lucro-- precisa absorver "uma mudança cultural" que envolve o investimento em ativos em vez de títulos do governo para gerar retornos, disse ele em evento em São Paulo.

O diretor reafirmou que "este novo movimento" acontece sob a exigência de uma estrutura política macroeconômica com o suporte da taxa de câmbio flutuante, mandato para manter a inflação sob controle e práticas responsáveis de gastos governamentais. Nos últimos dois anos, alguns investidores disseram que a administração da presidente Dilma Roussef abandonou esse modelo para buscar crescimento econômico mais rápido.

"Estão pautadas para o debate... os desafios impostos por uma mudança cultural que se faz necessária", completou Mendes. "(Trata-se de) uma oportunidade ímpar para os gestores de fundos rediscutirem a adequação da indústria à atual realidade econômica do País e seus desdobramentos futuros." O Brasil tem a sexta maior indústria de fundos do mundo, com mais de 1,2 trilhão de dólares em ativos sob gerenciamento. Uma queda nos custos de empréstimos para a mínima recorde no ano passado está forçando os gestores a construírem uma base mais diversificada de instrumentos financeiros para ajudar a atrair novos clientes e impulsionar os retornos.

O diretor recusou-se a comentar sobre política monetária quando procurado durante o evento, que foi patrocinado pela Anbima, entidade que representa instituições financeiras.

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