Avião da Airbus (Airbus/Exame)
A Airbus informou nesta segunda-feira, 11, que espera uma maior demanda de aeronaves por parte de companhias aéreas no horizonte dos próximos 20 anos.
Segundo a Airbus, a previsão de entrega global de aviões passou de 39.020 para 39.490 até 2042.
O aumento das encomendas será baseado na busca por uma maior eficiência em termos de consumo de combustível.
Entretanto, segundo a Airbus, o número de passageiros crescerá com uma velocidade menor em relação as previsões anteriores, de 3,6% contra 3,9% previstos em novembro.
A empresa ainda espera que o tráfego aéreo se recupere para os níveis pré-pandemia em algum momento entre 2023 e 2025, em meio à pressão da inflação crescente e ao risco de novos surtos de variantes da Covid-19.
Os pedidos de aviões vindo da Ásia, que impulsionaram a demanda nos últimos anos, devem ser ligeiramente inferiores à previsão anterior da Airbus.
A China, no entanto, ainda está pronta para ultrapassar os EUA como o mercado de aviação mais movimentado do mundo nos próximos anos.
A Airbus prevê um crescimento econômico global de 2,6% ao ano e crescimento do tráfego de passageiros e carga de 3,6% e 3,2% ao ano, respectivamente.
“À medida que os preços da energia se tornam mais caros, quer estejamos falando sobre preços de petróleo bruto ou preços de dióxido de carbono ou combustíveis alternativos, há uma forte correlação entre o que é bom para o meio ambiente e o fato de que, puramente para custos operacionais, as companhias aéreas são muito, muito motivadas a exigir as aeronaves mais recentes, mais eficientes e com emissões menores”, declarou Bob Lange, chefe de análise de negócios e previsão de mercado da Airbus.
Apenas 20% de todas as aeronaves atualmente em serviço estão na última geração de aviões com baixo consumo de combustível, como a família de jatos de fuselagem estreita A320neo mais vendida da Airbus e o rival da Boeing, o 737 Max.
A Airbus espera que cerca de 80% das entregas sejam para aeronaves de corredor único, que normalmente atendem destinos de curta e média distância, enquanto 2.400 aviões serão cargueiros novos ou convertidos.