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Ainda em festa, Bolsa quebra recorde pelo 3º dia após reforma

Ação da WEG liderou os ganhos em alta de mais de 4%, após a empresa surpreender com resultado trimestral

Sede da B3, a operadora da bolsa brasileira e do Ibovespa (Cris Faga/Getty Images)

Sede da B3, a operadora da bolsa brasileira e do Ibovespa (Cris Faga/Getty Images)

TL

Tais Laporta

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 17h28.

Última atualização em 23 de outubro de 2019 às 20h12.

Antes de confirmar o terceiro recorde seguido, o principal índice da Bolsa chegou a se aproximar de 108 mil pontos nesta quarta-feira (23), com o mercado sem sinais de ressaca após a aprovação final da reforma da Previdência no Senado na última sessão. As ações da WEG lideraram os ganhos após surpreender expectativas com seu resultado trimestral.

O Ibovespa subiu 0,15% nesta sessão, em 107.543 pontos. Na máxima da sessão, alcançou o recorde intradia de 107.958 pontos.

A fabricante de motores elétricos e tintas industriais WEG ficou na ponta positiva do Ibovespa, após anunciar um lucro líquido de 418,24 milhões de reais, crescimento de 9,7% em relação a igual período do ano passado, turbinado pelo aumento nas receitas. A ação subiu mais de 4%, negociada ao redor de 25,80 reais.

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dólar voltou a cair de forma expressiva nesta quarta-feira (23), com operadores ainda repercutindo a aprovação final da reforma da Previdência pelo Senado, o que tirou um fator de risco do cenário. A moeda norte-americana cedeu 1,05%, a 4,0329 reais na venda – o menor valor frente ao real desde 21 de agosto. 

Mercado sem sinais de ressaca após reforma

Na noite da véspera, o Senado aprovou o texto-base da reforma da Previdência e conseguiu manter uma economia prevista de cerca de 800 bilhões de reais em 10 ano. Ainda que o mercado já tivesse precificado a aprovação, o bom humor prevaleceu nesta sessão.

"O foco agora passa para a agenda pós-previdência. O ministro Paulo Guedes já iniciou tal debate ao confirmar que o governo apresentará na próxima semana sua proposta de Pacto Federativo", escreveu a equipe da XP Investimentos a clientes.

Mathieu Racheter, da área de estratégia de renda variável do banco Julius Baer, ressaltou à Reuters que a notícia corrobora a perspectiva favorável para as ações brasileiras, com indicadores econômicos também apontado para uma recuperação no último trimestre do ano, em um ambiente de juros baixos.

Uma análise técnica do Itaú BBA destacou que, após superar a máxima histórica em 106.700 pontos, o Ibovespa abriu espaço para subir. "Os próximos objetivos do mercado estão em 114.000 e 120.000 pontos", afirmaram os analistas Fabio Perina e Larissa Nappo, em relatório a clientes.

A equipe do BTG Pactual destacou que, daqui para a frente, o que fará preço serão os resultado do terceiro trimestre. Conforme nota distribuída a clientes pela área de gestão, eles avaliam que os indicadores de bolsa já não estão baratos, assim, o diferencial de cada gestor estará no seu grau de seletividade.

No exterior, Wall Street ensaiou uma melhora, tendo o noticiário corporativo no radar, com Boeing valorizando-se após reafirmar prazo para retomar as operações com os jatos 737 MAX, apesar da queda de mais de 50% do lucro, enquanto Caterpillar recuava após previsão mais fraca.

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