Em 2012, o IEE mostra valorização de 1,2% (NANI GOIS)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2012 às 14h09.
São Paulo – Definitivamente os tempos são outros às empresas do setor elétrico, antes consideradas uma alternativa para se defender da volatilidade do mercado.
Após o blecaute ocorrido na semana passada na bolsa, o mercado começa a avaliar uma nova perspectiva às elétricas. As claras intenções do governo de baixar as tarifas do setor e uma Medida Provisória editada às empresas que têm concessões para vencer em breve fizeram com que o índice de Energia Elétrica (IEE) despencasse quase 7% na semana passada.
“O consenso do mercado considerava que seriam adotadas condições conciliatórias para a prorrogação das concessões que expiram em 2015, entretanto, agora, prevalece o entendimento que, caso o governo opte por renovar as concessões, as condições impostos seriam muito mais severas, pois o preço teto aplicado cobriria apenas os custos operacionais”, avisa o analista Filipe Acioli, da corretora Ágora.
Ele lembra ainda que a o cenário citado acima pode entrar em vigor em 2013 e não somente em 2015. As ações da Cesp (CESP6) e da Eletrobras (ELET3) podem ser as mais penalizadas em meio à nova perspectiva ao setor, com seus preços-alvo caindo de forma expressiva.
“Outras companhias afetadas diretamente seriam a Copel (CPLE6) e a Cemig (CMIG4)”, completa o analista.
Contudo, o momento pede atenção redobrada dos investidores às oportunidades. “Passada a tempestade, muitos papéis podem oferecer excelentes pontos de entrada”, destaca o analista. Dentre as empresas do setor, a Ágora tem recomendação de compra aos papéis da Cemig, Light (LIGT3) e Energia do Brasil (ENBR3).