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Acordo entre Chrysler e EUA reduz chance de IPO

Dados desanimadores sobre ações do setor automotivo este ano também podem fazer com que o IPO não aconteça tão cedo

A Fiat também pagará 75 milhões de dólares pelo direito de opção de compra do Tesouro de todos os papéis da Chrysler detidos pelo sindicato United Auto Workers (Gabriel Bouys/AFP)

A Fiat também pagará 75 milhões de dólares pelo direito de opção de compra do Tesouro de todos os papéis da Chrysler detidos pelo sindicato United Auto Workers (Gabriel Bouys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 18h02.

Milão - Uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Chrysler parece ter menos probabilidade de ocorrer no curto prazo após um acordo da Fiat com Washington dar à empresa a opção de compra de todos os ativos da montadora norte-americana, afirmaram analistas nesta sexta-feira.

A tentativa do presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, de adquirir o controle da Chrysler e um plano de opção de compra do restante dos ativos da empresa significa que a montadora italiana pode voltar atrás quanto aos planos de listar a Chrysler, disseram analistas.

Dados desanimadores sobre ações do setor automotivo este ano também podem fazer com que o IPO não aconteça tão cedo. A Chrysler vem planejando um IPO para este ano ou para o próximo.

Marchionne afirmou que há mais chance de ocorrer um IPO em 2012 do que neste ano, pois a montadora precisa ter um registro maior de seu desempenho.

"É difícil imaginar que a Fiat faria um IPO no curto prazo. Como ela está no momento, não há necessidade de um IPO", disse Alessandro Frigerio, gestor de fundos no RMPJ Sgr, em Milão.

O Tesouro norte-americano concordou na quinta-feira em vender sua fatia restante de 6 por cento na Chrysler por 500 milhões de dólares, elevando a participação da Fiat para 52 por cento quanto o acordo for concluído.

A Fiat também pagará 75 milhões de dólares pelo direito de opção de compra do Tesouro de todos os papéis da Chrysler detidos pelo sindicato United Auto Workers, (Veba), que detém 45,7 por cento da Chrysler e a Fiat já possui uma opção de compra de 40 por cento das ações do Veba.

O acordo entre Fiat e Tesouro ocorreu antes da visita do presidente Barack Obama a uma fábrica da Chrysler em Toledo, Ohio, na sexta-feira, onde Obama dará as direções para o regate do setor automobilístico pelo governo.


Um analista afirmou que o Tesouro está pouco propenso a comprar a participação do Veba. O sindicato agora tem a Fiat como um possível comprador, o que ajuda o Veba a garantir o dinheiro necessário para cumprir seus compromissos, disse.

"A questão quanto ao Veba é: ele quer vender para a Fiat ou para o mercado? Esse pode não ser o melhor momento de ir para o mercado" em um IPO, disse.

"Eu diria que a possibilidade de um IPO diminui", afirmou.

De acordo com Marchionne, um IPO ainda é a maneira mais fácil de monetizar o VEBA. Ele disse que uma oferta de ações ainda é possível caso a própria Fiat compre seus ativos.

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