Em 2011, a Souza Cruz transita pelo território negativo na BM&F Bovespa, com queda de 9,2% (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 12h07.
São Paulo – A Souza Cruz (CRUZ3) comunicou nesta terça-feira (22) a aprovação da proposta de desdobramento de suas ações ordinárias. A deliberação acontecerá em assembléia geral extraordinárias marcada para o dia 18 de março.
Cada ação ordinária da companhia passará a ser representada por 5 ações. Consequentemente, o capital social da Souza Cruz será composto por 1,52 bilhão de papéis sem valor nominal, conforme explica o documento. Com o desdobramento não há nenhuma alteração no valor do capital social da companhia.
A vez do pequeno investidor
O objetivo deste desdobramento é oferecer maior liquidez aos papéis e facilitar o acesso do pequeno investidor ao capital da empresa. Por exemplo, considerando a cotação de fechamento do pregão anterior (82,55 reais), o investidor paga atualmente 8.255 reais por um lote padrão com 100 ações da Souza Cruz. Após o desdobramento dos papéis, o mesmo lote passará a custar 1.651 reais.
No topo de 2010
Em 2010, as ações ordinárias da Souza Cruz foram o destaque do Ibovespa, com forte alta de 65,78%. A expressiva alta da empresa veio apesar da redução vista nas vendas no período. Até setembro do ano passado, o volume de vendas de cigarros tinha caído 1,6% em relação ao mesmo espaço de tempo de 2009. Para a administração da empresa, a queda foi causada principalmente pelo aumento dos preços, como forma de compensar o aumento dos impostos (IPI, PIS e COFINS). O recolhimento de tributos sobre a indústria cresceu 24% na comparação com o mesmo período de 2009.
A saída foi desviar a atenção para o segmento premium. As boas performances das marcas Free e Dunhill/ Carlton levaram a um aumento de 1,8 ponto percentual no segmento de cigarros Premium. Além disso, a empresa conseguiu elevar o desempenho no mercado interno no último trimestre e superar as estimativas dos analistas.
2011 no vermelho
Ao contrário do desempenho vigoroso no ano passado, em 2011, a Souza Cruz transita pelo território negativo na BM&F Bovespa, com queda de 9,2%. Por outro lado, o desempenho da companhia nos últimos 12 meses mostra uma valorização de 34,8%, enquanto o Ibovespa registra baixa de 0,6%.