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Ações ligadas à maconha impressionam com disparadas e tombos

Órgão regulador do mercado dos Estados Unidos já emitiu um alerta sobre os riscos de investir no setor


	Maioria das empresas do setor é negociada no mercado de balcão
 (Reuters/Blair Gable)

Maioria das empresas do setor é negociada no mercado de balcão (Reuters/Blair Gable)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 16 de julho de 2014 às 08h24.

São Paulo – Nos últimos meses, o investimento no mercado da maconha começou a ganhar espaço nos Estados Unidos.

Desde o início do ano, quando houve a legalização do uso recreativo da planta em Washington e Colorado, além da permissão do uso medicinal em outros estados, algumas empresas passaram a semear seus investimentos neste setor, chamando a atenção de investidores com apetite por risco.

Muitas dessas companhias têm capital aberto e se mostram extremamente voláteis, sujeitas aos altos e baixos de um mercado ainda em crescimento. A maioria delas é negociada no mercado de balcão e ainda não têm seus resultados auditados.

Além disso, as ações operam na casa dos centavos. São as chamadas “penny stocks” – mais um ingrediente de volatilidade.

Em maio, o órgão regulador de mercados dos Estados Unidos (SEC) emitiu um alerta sobre os riscos de investir no setor. A SEC já chegou a suspender a negociação das ações de cinco companhias: FusionPharm, Canna, GrowLife, Cannabis Solutions e Petrotech.

As ações da FusionPharm servem de exemplo de como o segmento da maconha ainda é volátil. Entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, a empresa viu seus papéis passarem de 25 centavos de dólar para sete dólares, uma alta de 2.700%. Mais tarde veio a correção e os papéis retornaram aos 95 centavos de dólar.

Em apenas um ano, as ações da GrowLife avançaram 1.800%, zerando os ganhos recentemente.

Somente uma destas empresas tem seus papéis listados na Nasdaq. Trata-se da GW Pharmaceuticals, que produz medicamentos para o tratamento da esclerose múltipla a partir de cannabis.

Atualmente, o valor de mercado da GW é de 1,53 bilhão de dólares. Em apenas um ano, os papéis avançaram 800%, valendo atualmente 85 dólares. O desempenho é 151% superior ao do índice S&P 500.

E se depender do banco de investimento Piper Jaffray os papéis podem continuar a escalada. A instituição acaba de subir o preço-alvo, de 97 para 147 dólares, um potencial de valorização de 73%.

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