São Paulo – Nos últimos meses, o investimento no mercado da maconha começou a ganhar espaço nos Estados Unidos.
Desde o início do ano, quando houve a legalização do uso recreativo da planta em Washington e Colorado, além da permissão do uso medicinal em outros estados, algumas empresas passaram a semear seus investimentos neste setor, chamando a atenção de investidores com apetite por risco.
Muitas dessas companhias têm capital aberto e se mostram extremamente voláteis, sujeitas aos altos e baixos de um mercado ainda em crescimento. A maioria delas é negociada no mercado de balcão e ainda não têm seus resultados auditados.
Além disso, as ações operam na casa dos centavos. São as chamadas “penny stocks” – mais um ingrediente de volatilidade.
Em maio, o órgão regulador de mercados dos Estados Unidos (SEC) emitiu um alerta sobre os riscos de investir no setor. A SEC já chegou a suspender a negociação das ações de cinco companhias: FusionPharm, Canna, GrowLife, Cannabis Solutions e Petrotech.
As ações da FusionPharm servem de exemplo de como o segmento da maconha ainda é volátil. Entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, a empresa viu seus papéis passarem de 25 centavos de dólar para sete dólares, uma alta de 2.700%. Mais tarde veio a correção e os papéis retornaram aos 95 centavos de dólar.
Em apenas um ano, as ações da GrowLife avançaram 1.800%, zerando os ganhos recentemente.
Somente uma destas empresas tem seus papéis listados na Nasdaq. Trata-se da GW Pharmaceuticals, que produz medicamentos para o tratamento da esclerose múltipla a partir de cannabis.
Atualmente, o valor de mercado da GW é de 1,53 bilhão de dólares. Em apenas um ano, os papéis avançaram 800%, valendo atualmente 85 dólares. O desempenho é 151% superior ao do índice S&P 500.
E se depender do banco de investimento Piper Jaffray os papéis podem continuar a escalada. A instituição acaba de subir o preço-alvo, de 97 para 147 dólares, um potencial de valorização de 73%.
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1. IPO à vista
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1/14 (Getty Images/Spencer Platt)
São Paulo - Nos
Estados Unidos, o número de empresas que desejam abrir capital é o maior desde 2000. Até o mês passado, foram feitos 144 pedidos de oferta pública inicial de ações (
IPO, na sigla em inglês). Enquanto isso, no Brasil, permanece a escassez de ofertas. No primeiro semestre deste ano, a
Bovespa não registrou nenhum pedido de IPO - o que não ocorria desde 2004. Veja a seguir quais são as empresas que estão agitando o mercado de ações nos Estados Unidos, segundo levantamento da Forbes.
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2. GE Consumer Lending
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2/14 (Aaron M. Sprecher/Bloomberg)
A unidade financeira da General Electric fez o pedido de IPO em março deste ano. Em novembro do ano passado, a companhia afirmou que sua a unidade de empréstimo pode ser avaliada em 20 bilhões de dólares.
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3. Chrysler
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3/14 (Gabriel Bouys/AFP)
A montadora entrou com pedido de oferta em setembro do ano passado. Alguns analistas do mercado acreditam que a oferta inicial de ações é uma manobra de negociação por um fundo de trabalhadores aposentados da empresa que detém cerca de 40% das ações visando conseguir um preço maior.
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4. Dropbox
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4/14 (Mark Ovaska/Bloomberg)
As empresas de tecnologia continuam em alta neste ano, por isso, o IPO da Dropbox é um dos mais esperados. A empresa focada em armazenamento em nuvem foi avaliada em mais de um bilhão de dólares.
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5. Seamless
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5/14 (Bloomberg)
Após a fusão com a sua principal concorrente, o Grubhub, a empresa de entrega de comida on-line levantou 192 milhões de dólares em sua oferta inicial de ações.
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6. Square
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6/14 (Rebecca Cook/Reuters)
Os boatos que a companhia de pagamentos on-line deve abrir capital ainda este ano circulam desde novembro do ano passado. A empresa foi fundada por Jack Dorsey, um dos criados do Twitter.
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7. OneWest Bank
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7/14 (REUTERS/Thomas Peter)
O banco da Califórnia, que tem apoio de investidores como George Soros, John Paulson e JC Flowers, é dirigido por Steven Mnuchin, ex-parceiro da Goldman Sachs. A previsão é que o IPO aconteça no segundo semestre deste ano
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8. Palantir Technologies
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8/14 (Daniel Barry/Getty Images)
A empresa de software e serviços de informática levantou 9 bilhões de dólares em uma última rodada de captações no mercado. Segundo a Forbes, isso coloca a empresa no caminho certo para uma oferta pública de ações de tamanho considerável.
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9. Tory Burch
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9/14 (Getty Images)
Mesmo com os desafios econômicos nos Estados Unidos, o mercado de luxo continua em alta. Um exemplo é a Michael Kors, que abriu capital em 2011 e só anunciou resultados positivos até o momento. O caminho agora pode estar aberta para a Tory Burch.
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10. Virgin America
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10/14 (Albert Domasin/Wikimedia Commons)
A empresa do conglomerado de Richard Branson poderia capitalizar seus recentes ganhos e abrir capital pela primeira vez.
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11. Good Technology
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11/14 (REUTERS/Brendan McDermid)
A empresa, especialista em soluções para segurança em tecnologia para corporações, pode se tornar fundamental para grandes bancos e outros serviços que necessitam de aplicativos de segurança, segundo analistas.
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12. J. Crew
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12/14 (Bloomberg)
A varejista passou pela recapitalização de dividendos e atualmente estaria pronta para abrir capital se os investidores decidissem investir na empresa por meio de mercado de ações.
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13. Alibaba
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13/14 (Nelson Ching/Bloomberg)
A empresa chinesa de comércio eletrônico Alibaba Group Holding decidiu abrir capital na bolsa de Nova York, afirmou nesta quinta-feira, em um revés para a bolsa rival Nasdaq. A Alibaba, que responde por mais de 80 por cento das operações de varejo online na segunda maior economia do mundo, será listada com o código "BABA", disse a empresa em uma atualização do prospecto de sua oferta pública inicial de ações.
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14. Veja agora as 25 maiores empresas em valor de mercado no Brasil
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14/14 (Nacho Doce/Reuters)