Revisão de tarifas pela Aneel eleva as projeções para o setor de energia brasileiro (Caio Coronel/Ag. Itaipu)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 08h01.
São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta segunda-feira (28):
1 – Santander revisa projeções para o setor elétrico brasileiro
Avaliando o terceiro ciclo de revisão tarifária imposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a equipe de pesquisa do Banco Santander atualizou suas projeções para o setor elétrico brasileiro. Em relatório enviado aos clientes, os analistas Marcio Prado, André Rezende e Maria Carolina Carneiro mantiveram a recomendação de compra para as ações preferenciais classe B da Copel (COLE6) e da AES Eletropaulo (ELPL6), além de revisar o preço-alvo para 54,40 reais e 35,70 reais, respectivamente, até o final de 2011.
Os papéis preferenciais classe A da Cemig (CMIG4) e os ordinários da Energias do Brasil (ENBR3) tiveram a recomendação alterada de manutenção para compra, com o preço-alvo sendo estabelecido em 32 reais e 12,30 reais, respectivamente, até dezembro deste ano. A recomendação para a Equatorial (EQTL3 foi alterada de underperfom (performance abaixo da média do mercado) para compra.
O preço-alvo foi alterado para 31,20 reais. Já os papéis preferenciais classe A da Coelce (COCE5) a recomendação foi mantida em manutenção, com preço-alvo de 31,20 reais. Para finalizar, a sugestão para as ações ordinárias da Light (LIGT3) foi rebaixada de compra para manutenção, com um preço-alvo de 28,90 reais.
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2 – Resultado da Porto Seguro vem de acordo com as expectativas
Esta é a opinião dos analistas Iago Whately e Caio Walter do Banco Fator. Em relatório enviado aos clientes, eles colocaram o preço-alvo para as ações ordinárias da companhia (PSSA3) em revisão, sugerindo a recomendação de manutenção. Segundo eles, isso ocorreu em função da valorização recente e da mudança nos padrões contábeis da companhia.
Em relatório, eles justificam que, apesar do balanço ter apresentado um melhor resultado financeiro e a menor alíquota efetiva de imposto de renda, o desempenho da Porto Seguro foi mesmo assim regular. Como pontos negativos, eles destacaram a maior variação das provisões técnicas, a carteira de investimentos com rentabilidade de 96% e o crescimento das despesas administrativas.
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3 – Números superiores da Petrobras não justificam alteração nas projeções
Apesar do resultado da Petrobras ter sido superior ao projetado para o período, a equipe de análise da Link Investimentos não projeta uma manutenção do patamar do segmento de abastecimento nos próximos trimestres, o que deverá penalizar a geração operacional de caixa da companhia.
“Aliado a isso, a estatal deverá apresentar o plano de investimentos para o próximo ciclo de cinco anos, o qual deverá incorporar os investimentos que serão realizados na região da cessão onerosa, elevando o montante do atual plano”, afirma o analista Andrés Kikuchi em relatório aos clientes.
A Link Investimentos manteve a recomendação market perform (performance igual a média do mercado) para as ações da Petrobras, estabelecendo um preço-alvo de 34,20 para os papéis ordinários (PETR3) e de 34 reais para os preferenciais (PETR5).
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4 – Balanço da Mills veio abaixo do esperado pelos analistas
A afirmação é da equipe do Itaú BBA. Em relatório assinado pelos analistas Diego Mendes e Paula Kovarsky, o banco reitera que já projetava cifras neutras, principalmente em razão do mau desempenho da divisão de construção pesada. Segundo os analistas, os números desse segmento vieram ainda piores que o estimado.
Apesar do cenário ruim, eles mantiveram a recomendação de market perform (performance igual a média do mercado) para as ações ordinárias da Mills (MILS3), com preço-alvo de 26 reais para o final de 2011. Na opinião do Itaú BBA, os números referentes ao primeiro trimestre deste ano também devem vir modestos.
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5 – Ações: concessionárias terão um novo capítulo em 2011
Para 2011, um “novo capítulo” parece surgir na história das concessionárias de rodovias, com novas oportunidades de investimentos, afirma o Itaú BBA em relatório. A expectativa agora é que tanto o governo federal como estaduais (particularmente São Paulo e Minas Gerais) possam retomar os leilões de rodovias e dar um fôlego adicional para as ações das empresas do setor.
De olho nesta possibilidade, a analista Renata Faber elevou as projeções para as concessionárias. O banco estabeleceu m preço-alvo de 53,2 reais para as ações ordinárias da CCR (CCRO3) até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 17,1%. Os preços-alvos para os papéis ordinários da Ecorodovias (ECOR3) e da OHL Brasil (OHLB3) também foram ampliados para 14,5 reais e 71,50 reais, respectivamente, com possibilidade de valorização de 13,3% e 29,9%.
A recomendação foi mantida em outperform (performance acima da média do mercado) para as ações da CCR e a da OHL. A Ecorodovias foi a única a ter sua nota reduzida de outperform para market perform (performance igual a média do mercado).
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