Ações da MRV recuaram 6,5% e marcaram o pior desempenho do dia no Ibovespa
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 22h37.
São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta quinta-feira (24):
1 – Números ruins levam Votorantim a rever projeções para MRV
A avaliação é dos analistas Marco Pereira, João Arruda e Daniel Fonseca da Votorantim Corretora. Em relatório, eles afirmaram que o resultado da MRV (MRVE3), referente ao quarto trimestre de 2010, impactou hoje as ações da companhia, já que veio aquém do esperado.
O efeito negativo nos resultados operacionais da MRV pode ser explicado pelos custos mais altos com construção, disseram os analistas. A margem de crescimento da empresa nos três últimos meses de 2010 ficou em 27,2%, abaixo do projetado. O preço-alvo e a recomendação para os papéis da companhia foram colocados em revisão.
2 – JBS apresentou resultado “fraco” no 4º trimestre, avalia Fator
A equipe de pesquisa do Banco Fator classificou como “fraco” o resultado apresentado pelo frigorífico JBS durante o quarto trimestre de 2010, já que os números ficaram abaixo das estimativas e do consenso do mercado em função do prejuízo líquido de 539,0 milhões de reais.
Em relatório, os analistas Renato Prado e Ronaldo Kasinsky destacaram os gastos não recorrentes que impactaram o resultado do período, apesar da companhia ter reportado crescimento de receita líquida e geração de caixa em ritmo semelhante ao observado ao longo dos resultados de 2010. Eles reiteraram a recomendação de manutenção e mantiveram o preço-alvo de 7,54 para as ações ordinárias do frigorífico (JBSS3) até o final de 2011.
3 – Santander mantém cautela com B2W por aumento de capital
A equipe de pesquisa do Santander recomendou aos investidores que mantenham cautela em relação as ações da B2W. Nesta manhã, a Lojas Americanas anunciou que fará um aumento de capital privado de 1 bilhão de reais em sua controlada, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A medida, anunciada como forma de acelerar o crescimento da varejista do comércio eletrônico, poderá resultar em um aumento considerável da fatia de controle da Americanas e até mesmo na incorporação da empresa.
Em relatório, os analistas Tobias Stingelin e Joaquin Ley do Santander preveem que as ações sofrerão apenas uma correção temporária, já que não estão “convencidos de que, neste momento, os fundamentos (da companhia) irão melhorar efetivamente”. A recomendação para os papéis ordinários da companhia (BTOW3) é de manter. O preço-alvo foi reiterado em 38 reais até o final de 2011.
4 – AmBev é elevada de neutra para compra pelo Santander
A Ambev, maior cervejaria da América Latina, teve sua recomendação elevada de neutra para compra pelo Banco Santander. O banco disse que as ações já refletem a perspectiva de queda no consumo de refrigerantes e cervejas, assim como potenciais perdas de participação de mercado e alta de impostos.
A instituição elevou sua projeção para o preço dos ADRs (American Depositary Receipts) da AmBev (ABV), de 31 para 32 dólares, disseram os analistas Luis Miranda e Gabriel Vaz de Lima. A alteração representa um potencial de valorização de 27,1%. Eles também ampliaram de 53 para 55,80 reais o preço-alvo para as ações preferenciais da companhia (AMBV4).
5 – Ação da MMX lidera alta na bolsa após resultados do 4º trimestre
A MMX, braço de mineração do Grupo EBX, controlado pelo bilionário brasileiro Eike Batista, lidera a alta no pregão da BM&FBovespa nesta quinta-feira, reagindo positivamente a notícia de que a companhia reverteu suas perdas e fechou 2010 com resultados positivos.
O lucro líquido chegou a 46,6 milhões de reais em 2010. No ano retrasado, a companhia teve um prejuízo de 185,138 milhões de reais. “Apesar da cifra ter ficado um pouco aquém o esperado, a MMX obteve bons resultados no quarto trimestre de 2010”, afirmaram em relatório os analistas Victor Penna e Antonio Ruiz, do BB Investimentos.
Eles reiteraram a recomendação de compra para as ações da MMX (MMXM3). O preço-alvo foi mantido em 19,40 reais para o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 109%. Segundo eles, a forte possibilidade de alta dos papéis indica que o mercado está cauteloso em relação ao desempenho da companhia. “Esta opinião deve melhorar consideravemente em 2011”, prevê Penna e Ruiz.
6 – ABC Brasil é o mais atraente entre os bancos médios, diz Spinelli
A corretora Spinelli iniciou nesta quinta-feira (24) a cobertura das ações preferenciais do banco ABC Brasil (ABCB4), classificando a companhia como a mais atrativa entre seus pares no setor de bancos de médio porte. Em relatório, o analista Daniel Malheiros estabeleceu um preço-alvo de 15,40 por cada ação da instituição financeira até dezembro de 2011. A recomendação é de compra.
O analista justifica que o ABC Brasil, cujo controle é do Arab Banking Corporation (57% do total), um dos maiores bancos do Oriente Médio e Norte da África, possui boas perspectivas de crescimento, rentabilidade acima da média do setor, desconto de múltiplos, baixo índice de inadimplência e exposição ao segmento de Middle Market (empresas médias) e Corporate
7 – QGEP recebe recomendação de compra no Bank of America
A QGEP Participações (QGEP3), empresa de petróleo controlada pela Queiroz Galvão - que atua no setor de petróleo e gás natural, recebeu a recomendação de compra no início de cobertura pelo Bank of America Merryll Lynch. O novo preço-alvo para as ações é de 31 reais, segundo um relatório do banco obtido pela Bloomberg.
8 – T4F pode levantar até R$ 623,6 milhões em IPO
A T4F Entretenimento, empresa líder no mercado de entretenimento ao vivo na América do Sul e a quarta maior do mundo, informou nesta quinta-feira que planeja levantar até 623,577 milhões de reais por meio de seu IPO (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês), considerando o intervalo máximo das estimativas.
A projeção é que o preço unitário de cada ação da T4F Entretenimento fique entre 14,50 e 18,50 reais. Os papéis serão negociados sob o ticker SHOW3. Inicialmente a companhia colocará a venda 11.724.138 ações ordinárias na oferta primária e 17.586.207 papéis ordinários na oferta secundária. A operação ainda conta com a opção de exercer o lote suplementar (4.396.551 milhões de ações).